O Japão até pode ser um lugar estranho. Não será isso que me vai impedir de visitá-lo…
Há destinos que fazem parte do nosso vocabulário, da nossa memória, ainda que nunca lá tenhamos estado. Quioto e Nagasaki, a mais de 10 mil quilómetros de distância de Portugal, são dois desses locais. O primeiro, porque foi onde se estabeleceu o mil vezes referido (e nem sempre cumprido) Protocolo de Quioto, em 1997, tratado celebrado à escala mundial para limitar as emissões de gases com efeito de estufa. Em relação a Nagasaki os motivos são bem mais dramáticos. A cidade-mártir, juntamente com Hiroshima, atacada com uma bomba atómica durante a II Guerra Mundial.
A verdade é que estes dois locais têm também uma beleza natural, herança arquitetónica e riqueza cultural que vai muito para além destes dois capítulos. Não terá sido por acaso que os leitores da conceituada revista americana Trevel & Leisure classificaram Quioto como a melhor cidade de 2015 para visitar. Já haviam feito o mesmo em 2014. Afinal estamos a falar da antiga capital imperial do país durante mais de mil anos, entre 794 e 1868.
Qualquer semelhança com a cosmopolita Tóquio é “pura coincidência”. Há uma parte moderna, naturalmente – a sétima cidade do país, com cerca de 1,5 milhões de pessoas -, se bem que por aqui a tradição e os costumes ancestrais continuem presentes e bem visíveis no dia-a-dia dos seus habitantes, desde as cerimónias de chá aos jardins zen, passando pelo sedifícios imperiais, templos budistas e os icónicos santuários xintoístas. Mais de dois mil no total.
Nagasaki, cidade mais pequena, com meio milhão de habitantes, pode não possuira mesma riqueza arquitetónica e espiritual de Quioto, mas tem mar. Não apenas mar, costa, mas uma localização única, de frente para o Pacífico, rodeada de montanhas por quase todos os lados. Uma geografia que em tempos lhe permitiu ser um porto fundamental na rota comercial entre o Ocidente e a Ásia, mas que agora gosta de ostentar outro título: a de cidade com a vista noturna mais bonita do planeta.
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