Contra as chamas, sem cruzar os braços

As imagens e os testemunhos que chegam da Madeira e do norte do país deixam todos em choque, mas não de braços cruzados. Há quem esteja focado em ajudar os Bombeiros e em auxiliar as vítimas dos incêndios.

Em Viana do Castelo, um dos distritos mais fustigados pelo fogo, a população encheu o quartel com paletes de garrafas de água, fruta, bolachas, leite, entre outros géneros alimentares para ajudar os heróis que combatem os fogos. Doar alimentos não perecíveis e água é de facto a melhor ajuda que pode dar aos milhares de bombeiros que combatem os incêndios em todo o país.

Na Madeira, uma clínica abriu portas para prestar auxílio, gratuitamente, a qualquer animal que tenha sofrido com o fogo. Ajudaram não só quem chegava com apenas a roupa que tinham no corpo e aflitos com o seu animal de estimação, mas também animais perdidos e magoados que a veterinária Andreia Araújo e outras pessoas foram encontrando nas ruas da ilha.

Agora que tudo está mais calmo e que se vão fazendo contas aos estragos há já quem junte alimentos e fundos para ajudar todos aqueles que tiveram de sair das suas casas. A Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, através do Instituto de Segurança Social da Madeira, está a apelar à população madeirense que ajude com bens alimentares e outros artigos de necessidade básica a população deslocada para o Regimento 3 no Bairro da Nazaré, na Madeira. A Cáritas abriu uma conta solidária [0035 0697 0059 7240130 28, da CGD] para que quem quiser possa fazer o seu donativo. Os dados da conta já estão a correr as redes sociais. As iniciativas individuais também se multiplicam nesta onda de solidariedade. Através do portal gofundme, Diogo, um jovem enfermeiro natural da Madeira que reside em Inglaterra, já conseguiu juntar perto de 1700 euros.

A ajuda também chega de longe. O Conselho de Ministros de Timor-Leste aprovou a doação de dois milhões de euros a Portugal para apoio no combate aos incêndios que atingem o país e para ajudar as vítimas. “Alarmante”, foi assim que o primeiro-ministro timorense, Rui Maria de Araújo, se referiu à situação em Portugal.

Texto por Alexandra Matos e Marta Amorim

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