Como estão as cidades atuais a prepararem-se para as necessidades do Futuro?
1. Los Angeles – Estados Unidos da América
O aquecimento global é uma preocupação mundial e este fenómeno é evidente no clima californiano. Para lutar contra a seca que tem assolado o Estado da Califórnia, a cidade de Los Angeles está a apostar numa nova forma de paisagismo. As palmeiras ao longo de Hollywood Boulevard podem ser icónicas, mas a planta não é nativa da região. Esta nova abordagem substitui plantas importadas e relva que necessita água incessantemente por flora nativa e resistente à seca. Este novo visual – chamado “California Dry” – destaca-se pela criatividade de texturas e formas.
2. Mecca – Arábia Saudita
O governo saudita investiu cerca de 20 mil milhões de dólares para resolver um problema nas mesquitas desta cidade sagrada. Em tempos de peregrinação, a cidade gera 600 toneladas de lixo por dia. O investimento servirá para a criação de uma rede subterrânea de tubos com 400 aberturas, por onde o lixo será sugado e viajará a 40 milhas por hora para uma estação localizada remotamente. Nessa estação, os camiões recolhem o lixo e transportam-no para um aterro sanitário.
3. Nairobi – Quénia
Na capital Queniana, os transportes mais utilizados são os minibus – os chamados matatus – porque são baratos, frequentes e animados. No entanto, trata-se ainda de um sistema pouco profissionalizado: estes negócios são normalmente privados e de família, e nem sempre seguros. Foi por isso que o grupo Digital Matatus incentivou estudantes universitários a traçarem com o GPS do seu telemóvel os percursos que faziam (e as suas paragens) para depois os divulgarem. O Digital Matatus torna-se assim uma fonte fidedigna de informação de trânsito e de rede de transportes em tempo real, assim como uma forma de legitimização destas micro empresas.
4. Amesterdão – Holanda
Um novo projeto de moradias chamado ReGen Village irá abrir já este ano nos arredores da cidade holandesa. Neste recinto, os residentes não precisarão de fontes externas para fornecer a maior parte da sua energia, gestão de resíduos ou mesmo alimentos. A aldeia foi projetada para operar como um sistema de circuito fechado, o que significa que atende à maioria das suas necessidades a partir daquilo que produz. É um “bairro regenerativo” sintonizado com os ciclos da natureza. A auto-suficiência não é uma ideia nova, mas este conceito aposta na redução da dependência global de recursos insustentáveis. O objetivo é abrigar cerca de 600 residentes que serão ajudados por tecnologia moderna, fornecendo fontes confiáveis de alimentos e água que poderão ser depois utilizados em países em desenvolvimento, como na África subsaariana e na Índia rural.
5. França – Paris
O governo francês anunciou no início deste verão que quer acabar com as vendas de veículos a gás e a diesel em 2040, uma medida para combater o aquecimento global. Após essa data, a indústria automóvel só poderá vender carros que funcionem com eletricidade ou outra forma de energia. Carros híbridos também serão permitidos. Nicolas Hulot, funcionário do governo responsável pela “transição ecológica” da França, disse que o objetivo ajudaria as construtoras nacionais a “inovarem e a tornarem-se líderes de mercado”. Até hoje, a utilização de carros alimentados por combustíveis elétricos, híbridos e alternativos em França é pequena – cerca de 4% – mas cresce rapidamente. As vendas desses veículos aumentaram 25% no primeiro trimestre de 2017.