Reação a um dos episódios mais polémicos dos últimos tempos – as Eleições no Sporting que deram a vitória a Frederico Varandas.
Vanessa Oliveira
Apresentadora TV
Fiquei satisfeita com o facto de podermos ter um futuro mais calmo, para que os atletas, sejam de que modalidade forem, possam seguir o seu percurso sem problemas, medos, pressões (que não sejam aquelas causadas pela própria competição em que estão envolvidos).
Quero o meu clube em paz. Só assim poderemos ambicionar novas etapas, novas competições, chegar mais além. Mostrar a raça do Leão.
O novo Presidente é uma boa alternativa? Para mim não há boas nem más alternativas. Para mim há pessoas que constroem. Se isso acontecer, sim, ficarei contente.
Infelizmente eu não estava em Lisboa e, por isso, não pude votar mas o que mais me emocionou foi ver a família sportinguista unida numa só causa: o amor infindável ao seu clube.
Enquanto sportinguista, quais as primeiras medidas que gostaria que o novo presidente tomasse?
Gostaria que não se esquecesse das modalidades. Construímos o pavilhão João Rocha, um dos melhores do país, para acolher os nossos atletas e receber as demais equipas. Que isso não se perca. Eu adoro futebol mas o mundo não é só futebol. Peço apenas para olharem para o clube como um todo, sempre.
Sílvia Baptista, Editora
Por um lado, sim, fiquei satisfeita com o resultado das eleições do Sporting. Nunca apoiei Bruno de Carvalho, não gosto do seu estilo trauliteiro e bélico. Reconheço que nem tudo o que fez foi mau mas tinha o péssimo hábito de achar que o clube era dele. Nesse sentido, Frederico Varandas parece-me uma melhor opção. Já estava na estrutura, parece-me um homem sério e, sobretudo, fez uma boa escolha para presidente da assembleia geral, Rogério Alves. De todos os candidatos, este era o melhor, embora precise de alguém que trabalhe com ele o modo como se dirige aos sócios. Pareceu-me que na campanha e nos dois discursos que fez após a eleição, essa era a sua maior fragilidade. Comunicar melhor, ser mais claro nas suas ideias.
O que mais me chamou a atenção nestas eleições… O modo como os sportinguistas se uniram e perceberam que estas eleições eram fundamentais para a manutenção do clube como o conhecemos e queremos. Foi ordeiro, pacífico e respeitador das normas. É um novo ciclo que começa.
Enquanto sportinguista, qual a primeira medida que gostaria que o novo presidente tomasse? Gostava que contratasse de novo Jorge Jesus, mas, infelizmente, é impossível. Mas que tratasse de o trazer de novo para o clube assim que estivesse livre. Que gerisse a dívida e outras questões financeiras do clube e que, de uma vez por todas, tratasse de fortalecer a marca Sporting tal como ela merece e vale. Nisso, temos de aprender com o Benfica. E eu acho que temos sempre que aprender com todos, até com os nossos mais próximos concorrentes. Ou sobretudo com eles.
Conceição Queiroz
Jornalista
Quem gosta de futebol defende estabilidade em Alvalade e também por isso era decisivo o dia das eleições, que se revelaram nas mais concorridas de sempre. Do que acompanhei, destaco o ambiente pacífico: os milhares de sócios e os candidatos em longas filas a contornar o edifício, além do discurso final. O novo presidente do Sporting assume agora vários compromissos e desafios – união, dinheiros, títulos, porque o futebol é paixão e não pode ser de outra forma.