Lares, reformas, os nossos idosos

A Segurança Social remeteu, este ano, ao Ministério Público 11 denúncias pelo crime de desobediência, por desrespeito de ordem de fecho de lar de idosos ilegal ou sem licença, noticia hoje o Jornal de Notícias. Dados preocupantes naquele que é um dos países com a população mais envelhecida da União Europeia.  

Este ano, até 24 de abril, a Segurança Social remeteu ao Ministério Público 11 denúncias pelo crime de desobediência, por desrespeito de uma ordem de fecho de um lar de idosos ilegal ou sem licença de funcionamento.

Recordemos que no ano passado, o Instituto de Segurança Social inspecionou1.488 estabelecimentos sociais – mais de metade dos visitados entre 2015 e 2017 – e mandou encerrar 133.

Estes números não vêm aliviar a dura realidade traçada este ano, em fevereiro, na Conferência sobre “Reaprender a Idade: Contributos interdisciplinares”, que decorreu no Porto, e onde a médica e vice-presidente da Comissão de Proteção ao Idoso, Antonieta Dias, declarou que “estamos no topo da Europa como o país que menos investimento tem para os idosos”.

A par da falta de condições e licenças, há outra questão importante relacionada com estes equipamentos sociais: o valor raramente é adaptável ao rendimento dos agregados familiares. O que faz com que esta despesa tenha entrado recentemente para o o topo das 10 das razões para um endividado pedir ajuda à Deco. Segundo estatísticas recentes, há pelo menos 370 famílias que não conseguem suportar os custos com a ajuda a familiares mais velhos e tem que ver como o facto de os filhos terem de suportar o pagamento dos lares quando as reformas dos idosos não são suficientes.

 

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