“Ser professor é uma profissão nobre”, Peter Tabichi.

E o melhor professor do mundo é…  Peter Tabichi.

“Ser professor é uma profissão nobre”, Peter Tabichi.

“Este prémio diz ao mundo que eles (jovens de África) conseguem fazer algo.”

“Os jovens da África não serão mais travados pelas baixas expectativas. África vai produz cientistas, engenheiros, empresários cujos nomes serão famosos um dia em todos os cantos do mundo. E as meninas serão uma grande parte dessa história”, disse o professor de 36 anos, na entrega do Prémio. 

Peter Tabichi é professor de matemática e física em Pwani, uma vila rural no Quénia, cuja escola secundária tem apenas um computador e um professor para 58 alunos.

Os alunos, de famílias muito pobres e quase um terço órfãos, chegam a percorrer 7 km a pé de casa até à escola e apresentam dificuldades de concentração pelo facto de não fazerem refeições. A zona é propensa a secas, o que também não facilita o cultivo.

Na Escola Secundário Keriko, os alunos não teriam condições de aceder a material escolar sem a ajuda do padre franciscano, o melhor professor do mundo, segundo a Fundação Varkey, que criou este prémio para “aumentar o respeito, recompensar e celebrar professores em todo o mundo”.

Peter Tabichi doa 80% do seu salário aos alunos mais pobres. Mas faz mais que isso. Numa instituição com potencial limitado, Peter tem inscrito e qualificado os seus alunos em competições nacionais. Em 2018, os alunos de Peter venceram o primeiro lugar, a nível nacional, na categoria de escolas públicas, na Feira de Ciências e Engenharia do Quénia. E agora tem uma equipa de Ciências e Matemáticas a preparar-se para participar na Feira Internacional de Ciências e Engenharia INTEL 2019, no Arizona, EUA.

Aos fins de semana, visita as famílias dos seus alunos para perceber as dificuldades que estes enfrentam.

Na vila são comuns casamentos prematuros, suicídios e uma elevada taxa de abandono escolar. Mas o número de matrículas na escola aumentou.

Peter Tabichi, membro da ordem religiosa católica dos Franciscanos, recebeu há dias (24 março), o prémio de melhor professor do mundo que equivale a um milhão de dólares, cerca de 880 mil euros.

 

“Peter – a sua história é a história da África, um jovem continente repleto de talentos. Os seus alunos mostraram que podem competir entre os melhores do mundo em ciência, tecnologia e em todos os campos do esforço humano “, disse o presidente queniano Uhuru Kenyatta.

A distinção da Global Teacher Prize foi entregue pelo príncipe do Dubai, Hamdan bin Mohammed bin Radish Al Maktoum e pelo ator Hugh Jackman

Foi distinguido entre 10 mil candidatos de 179 países. Peter Tabichi foi recebido como um herói à chegada a Pwani. Peter é um herói!

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