Digamos que 2019 foi o ano do teatro. O ano da concretização de um desejo que, por sua vez, me levou a conhecer pessoas e palcos do país inteiro. Quem sabe, voltaremos a encontrar-nos: eu e o teatro.
O ano novo não é mais que uma inspiração para repensar e criar novas etapas. E mal virei a página de 2020, comecei a escrever. Voltei a escrever. Voltei a pegar no meu computador com a voracidade que me ataca sempre que há uma personagem aos pulos, a saltar nos meus dedos e a obrigar-me a teclar. A culpa é dela. E avanço uma pista sobre ela. Uma mulher sem moral. Que se bate com uma outra ideia em carteira, e também já em reprodução, sobre um homem muito cruel. Se tudo correr bem e a bom ritmo, uma delas vencerá por teimosia e transformar-se-á no meu terceiro romance.
A “culpa” deste regresso à escrita é também das novas circunstâncias e de umas pequenas remodelações aqui em casa, que permitiram um cantinho perfeito para me instalar com o meu pc. Seria contudo injusta se não atribuísse este “desígnio” de 2020, aos meus seguidores.
Tenho a confessar-lhes o pecado da vaidade que me invade sempre que recebo um novo email e comentário do público a incentivar-me a publicar um novo romance. A Dona Benedita, o senhor Augusto, têm aqui a certeza de que as suas mensagens/emails não foram enviadas em vão. O meu novo livro é também para eles. Para esse público tão estimado e que me lê.