Estou mais magra? Parece. E tem uma explicação. A razão chama-se….
Yoga. Desde há algum tempo que assisto com curiosidade e interesse aos efeitos desta atividade numa grande amiga. Sempre que sai das suas aulas de yoga, chega-me com um sorriso rasgado e uma tranquilidade de meter inveja aos stressados do costume – no qual me incluo, em contra-relógio. Aquela sensação de vazio – no melhor sentido possível – associada à prática de origem oriental atrai-me. É uma necessidade “pensar em nada”. Ainda assim, confesso o meu ceticismo. Durante algum tempo esfalfei-me a correr – e com muito prazer. A corrida dá-nos uma energia fantástica. Mas como diz a Cláudia Raia, num vídeo muito divertido sobre saúde, “não convém correr muito após os 40 porque tudo cai”. (Neste link, o vídeo da Cláudia – tinha que partilhar!).
Não considerei porém o yoga uma opção imediatamente válida. Parecia-me uma atividade com elevados níveis de concentração. E não há como exigir-nos o que não temos – eu distraio-me facilmente, as ideias andam sempre aqui a empurrarem-se umas às outras e a “chocar” sinapses. Mas eu estava enganada. O yoga é a antítese do meu formato pré-concebido.
Trabalha músculo, definição e também concentração, de uma forma não direta.
Ontem pedia-me o meu mestre, que na postura colocasse o perineu sobre o calcanhar. E digam-me vocês: perante esta frase, há alguma forma de pensar noutra coisa que não “perineu onde?”. Primeira tarefa de concentração: lembrar-me que tenho perineu e perceber onde exatamente está ele. Segundo, como conectá-lo com o calcanhar.
A pose ficou feita e o espelho diz-me que tenho um longo caminho pela frente. A verdade é que os efeitos já são visíveis. Posturas, trabalho de força, desafio exigente que ajuda a promover a definição corporal . Não estou mais magra e a balança confirma. Mas graças ao yoga, pareço. E isso soa-me lindamente.