Júlia. Domingos em confinamento.

Tempos de confinamento. E de pensamento.

Têm sido dias atípicos. A começar pela quantidade de testes à COVID-19 que passámos a fazer na SIC com frequência a todos os colaboradores e convidados que entram nas instalações. Felizmente, até à data de hoje tenho somado negativos. Na redação, estamos poucos – (Mas sempre bons!) As ruas estão mais vazias. E decididamente tristes.
Em casa, no meu porto de abrigo, tenho usado estes silêncios para algumas reflexões: chegam-me cada vez mais cartas e emails. Pessoas que me procuram como um grito de ajuda.
Pessoas que pedem um BIS da A Hora da Júlia, o programa que desenvolvi em confinamento, na Renascença.
Pessoas que, à parte do programa Júlia, me pedem que as ouça, depositando em mim, mais do que esperança, confiança, um rumo.

Há muitos anos, quando escrevia a minha rubrica na revista Máxima, respondia às cartas de mulheres que me pediam a opinião sobre assuntos do coração. Mas hoje, as mulheres, os homens, e até alguns jovens, falam-me dos pesadelos e angústias mal resolvidas das suas vidas. Existem momentos em que, honestamente, me ponho a pensar em projetos na áreas da psicologia para poder continuar a ouvir e a procurar orientar caminhos. Ou voltar a ouvir-vos em FM.

Quem sabe se todos estes pensamentos não serão sementes para projetos futuros? Pensamentos de domingo em confinamento.

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