O conceito de cidade está em mudança. De cidades poluídas para as cidades de 15 minutos, o novo modelo de urbanismo que muitas metrópoles estão a adotar e que consiste em poder aceder aos principais serviços – escola, supermercado, farmácia -, todos eles a uma distância de apenas 15 minutos, a pé ou de bicicleta. É um modelo ambicioso, mas o teletrabalho tem ajudado a fixar as pessoas.
Se eu vivesse e trabalhasse em Lisboa, a bicicleta seria certamente o meu principal meio de transporte.
Acontece que esta nova mobilidade, mais descarbonizada, também implica uma mudança cultural. No limite – ou no mínimo -, implica respeito. As ruas não são apenas dos automobilistas. Compreender isto é fundamental para contrariar o facto de mais de metade do total de mortes da sinistralidade rodoviária acontecer em arruamentos urbanos. Compreender isto é evitar situações dramáticas como a morte da ciclista grávida, que no sábado passado foi abalroada por um veículo, na Avenida da Índia, em Lisboa.