Entre 2020 e 2021, ficaram por realizar 14 milhões de consultas em centros de saúde e 30 milhões de exames. Os números são do Movimento Saúde em Dia, que integra médicos e administradores hospitalares.
O estudo confirma o cenário de adiamentos na saúde, na sequência da pandemia. E alerta para os milhares de cancros que ficaram por diagnosticar, dada a redução de rastreios nos casos do cancro da mama, do colo do útero e do reto.
Segundo os dados do estudo, 148.845 mulheres não terão feito mamografia nos últimos dois anos, e 158.045 mulheres não realizaram colpocitologia. Estima-se assim que 399 com cancro do colo do útero tenham ficado por diagnosticar, e 83.779 utentes não fizeram rastreios do cancro do cólon e reto, prevendo-se que 2.155 doentes não tenham sido diagnosticados.
“Isto significa que em sete pessoas há uma que tem cancro da mama e não sabe, em cinco pessoas, há uma que tem um cancro do colón e reto e não sabe, em seis pessoas há uma que tem um cancro do colo uterino e não sabe”, referiu à Lusa o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.
Esta é uma situação muito preocupante. É importante rever os exames em atraso, consultar o seu médico, e pôr tudo em dia. Conto consigo.