O susto em Paris

O susto das 4 da manhã em Paris

As viagens também são feitas de pequenas peripécias que acabam por marcar os nossos passeios. E Paris não foi exceção. Falei-vos do Monte SaintMichel (no qual ficámos uma noite, idilicamente, alojados). Falei-vos das esplanadas esplendorosas da capital, dos lugares mais instagramáveis de Paris e da (mais) famosa Casa de Ópera.

Mas também não vou esquecer aquela noite de susto. Na véspera, em celebração do nosso trigésimo sexto aniversário, o Rui presenteou-me com rosas vermelhas. E com o objetivo de as conservar, pedi à receção o favor de nos trazer uma jarra. A simpática empregada correu a fazê-lo. E trouxe-me uma jarrinha para meia dúzia de rosas, na qual consegui encafuar a custo mais de três dezenas.

A meio na noite, mais precisamente às quatro da manhã, deu-se o trambolhão que, no meio de um silêncio profundo, ecoou que nem um trovão. Acordei sobressaltada e com a firme convicção de que teria um intruso no quarto preparado para me atacar. Durante segundos, equacionei um role de razões para não ter viajado. E demorei até acalmar e perceber que nada se passava, além do tempo que iria passar, curvada, a apanhar os destroços de um objetivo que em tempos tinha sido uma jarra. Já para não falar do mar de rosas em que se transformou a carpete do quarto de hotel.

O amor tem vida própria, comentaram os mais românticos a quem confidenciei o episódio. Que casal de portugueses mais barulhentos, terá pensado o staff. Hoje só tenho vontade de rir quando me recordo do cenário que encontrei quando acendi a luz para enfrentar o bandido. Mas, na altura, garanto-vos, foi um susto!

 

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O mistério das rosas!

 

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