Jornalistas russas

É por isto.

Um mês de conflito na Ucrânia.

À esquerda, Zhanna Agalakova.
A jornalista russa demitiu-se, há dois dias, do Canal 1 (Piervy Kanal, no original), televisão controlada pelo Estado russo, na sequência da guerra.
“Eu nunca menti, mas fiquei muitas vezes em silêncio. Hesitei muito, antes de falar convosco (com os jornalistas, em conferência de imprensa). Mas eu estou a fazer isto pela Rússia.”
“Quero que a Rússia me ouça, que as pessoas entendam a propaganda e que deixem de ser zombies”, disse a jornalista na conferência organizada pelos Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Neste momento está em França.

À direita, Marina Ovsiannikova.
Vive em Moscovo. Até há cerca de uma semana, também fazia parte da equipa de televisão controlada pelo Kremlin. Até ter tido a coragem de interromper o noticiário e denunciar este crime com um cartaz: “Não à guerra. Aqui estão a mentir-vos”.
A emissão foi abruptamente interrompida. Marina foi presa e libertada após pagar uma multa. “Tive medo, é claro”. Mas outros valores falaram mais alto.

Dois momentos que me fazem lembrar por que queria ser jornalista. É por isto.

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