“O meu filho é a minha droga”

Helena, 54 anos, enfermeira, sempre cuidou de outros e nunca deixou de prestar atenção ao que se passava em casa. Ainda assim, o problema bateu-lhe à porta. O filho, aos 14 anos, começou a fumar erva e a beber álcool. Seguiram-se as anfetaminas, a cocaína e a heroína. Mais tarde, o jogo. Sem baixar os braços, Helena é incansável na procura de ajuda. É por isso que lhe contamos esta história.

A descoberta

Ele tinha 14 anos. Começou, como a maioria dos jovens, nos charros, na erva e no álcool. Sempre falei com ele sobre esses assuntos em casa: drogas, álcool, sexo. Até porque trabalho na área de saúde. Mas a pertença a um grupo de amigos é superior, e os pais são os “cotas” que não sabem nada. Coincidiu também com o falecimento do meu pai, uma fase mais conturbada lá em casa. Não que haja momento ou justificação para estas coisas. Eu senti que ele não estava bem, as atitudes e os comportamentos não eram normais. Quando era cocaína, eu percebia. Estava mais agitado, com as pupilas diferentes. Confrontei-o sempre. Ele às vezes lá dizia que tinha fumado um charro, mas não mais do que isso, desvalorizava a situação.

5 anos de ajudas falhadas

Assim que percebi que não eram só charros, assim que percebi que o meu filho já consumia drogas mais pesadas, como a cocaína e a heroína, procurei ajuda externa. As tentativas para que ele falasse comigo sobre a adição não chegavam. Ele já tinha começado a mentir, a roubar e até a ser agressivo comigo, tanto de forma verbal como física. Foi horrível. Era incontrolável.

O testemunho de Helena não fica por aqui. Esta mãe não quis desistir do filho e foi até ao limite para o ajudar. Para continuar a ler descarregue gratuitamente a App “Júlia” na App Store ou Google Play Store.

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