Restart: quatro anos depois, ainda descalça, soul como no início. Mas mais madura. Através dos tops de vendas e das rádios, Aurea já nos tem habituado a ficar com a sua música, o dia inteiro, na cabeça.
Queria ser atriz, mas por sorte e acaso tem construído uma carreira sólida na música desde 2010, ano em que lançou o seu primeiro álbum. Antes do segundo trabalho, Scratch my Back, venceu o Globo de Ouro de melhor intérprete individual e o título de Best Portuguese Act, dos MTV Europe Music Awards.
Restart, o sucessor de Aurea (2010) e de Soul Notes (2012), chega ao público depois de quatro anos sem gravar. É um recomeço?
Foram quatro anos muito intensos na minha vida, em que muita coisa mudou a nível pessoal e profissional, e, apesar de ter estado um pouco mais ausente, o público continuou a mostrar interesse em receber um novo trabalho. E eu senti este disco como um começar do zero, parece que o processo se reiniciou, desde as gravações, promoções, ensaios, novos arranjos musicais. Senti-me cheia de motivação, força e energia para acompanhar este recomeço, daí ter escolhido o nome Restart para este trabalho.
Este álbum é algo diferente dos dois trabalhos anteriores. Mas continua a cantar em inglês…
Cantar em inglês foi uma decisão tomada por mim e pela equipa que esteve comigo no primeiro trabalho, única e exclusivamente porque nos fazia sentido cantar soul em inglês, a sua língua de origem.
O disco marca também a sua estreia como compositora. Foi um grande desafio?
Foi, sem dúvida, um enorme desafio. Os meus amigos, músicos, familiares pressionavam-me há já muito tempo para pegar numa caneta e num papel e arriscar. Mas eu ainda não tinha sentido ‘a hora’. Aconteceu neste Restart porque achei que seria a altura indicada para me desafiar a compor e porque o meu querido Rui Ribeiro, com quem trabalho desde o início, me incentivou muito a fazê-lo.
De Bem com a Vida é…
Saber que aqueles que nos amam são tão felizes quanto nós.