Em julho, há precisamente quatro anos, Diogo Piçarra saía pela porta grande do programa Ídolos: Nothing Else Matters, dos Metallica, e A Máquina, dos Amor Electro, estão entre os trunfos que usou para vencer o concurso. O jovem talentoso de Faro passaria então do palco do Ídolos para os sucessos Dialeto, que acaba de ser lançado, Tu e Eu, e ainda Verdadeiro.
Diogo recorda que foi durante a adolescência que começou a aventurar-se na música. Em 2006, iniciou as aulas de guitarra e, um ano depois, destacou-se com dotes vocais e de composição ao ajudar a fundar a banda algarvia Fora da Bóia. Hoje, continua a construir o seu próprio caminho. Cada vez mais Verdadeiro.
O programa Ídolos, cuja quinta edição venceu, foi uma grande escola?
Claro que foi uma escola, acima de tudo foi o ponto de viragem. Foi aquela altura em que tive oportunidade de pôr em prática tudo aquilo que tinha aprendido nos últimos seis anos de música. Percebi que era a altura certa para dar enfoque à música, porque já tinha estudado e terminado o curso e sentia que era a altura certa para abraçar a minha paixão. Com a vitória no programa, fui para Londres, onde estive seis meses, uma experiência inesquecível. E quando regressei entreguei-me à carreira musical.
O que reflete o álbum Espelho sobre o Diogo enquanto artista?
Acima de tudo, reflete os últimos quatro anos da minha vida. O álbum foi escrito ao longo de três anos e reflete todas as aprendizagens, todas as pessoas que conheci, incluindo as relações amorosas. O álbum é, de facto, um espelho da minha vida e das vivências destes últimos anos.
Qual é o segredo para agradar a um público dos 8 aos 80?
A primeira regra que se aprende na música é que não existem segredos. Quando somos sinceros e as nossas letras refletem aquilo que nos sai do coração e da alma, as pessoas identificam-se, independentemente da idade. Qualquer pessoa dos 8 aos 80 se vai identificar com uma música quando exprimimos as experiências e as vivências. E eu acho que é por isso que a minha música agrada a diversas faixas etárias. Eu sempre fui pop, fui comercial e escrevi em português, e por isso agrado a todas as faixas etárias. Fico muito feliz por isso.
Que conselhos daria a uma pessoa que deseja seguir uma carreira musical?
Um dia pode passar a carruagem e a pessoa não entrar. Eu aproveitei a minha oportunidade porque me preparei bem e saltei para dentro do comboio quando este surgiu. É esse o conselho que dou. Não deixem passar a oportunidade, preparem-se bem, trabalhem para quando aparecer a carruagem.