“Tem sido um tempo feliz”

Quem não se recorda de E Depois do Adeus? E da Nini dos meus quinze anos? Canções como estas fazem parte de uma carreira de um nome incontornável da música portuguesa. Paulo de Carvalho estreou-se a solo em 1970, mas antes já tinha feito parte de bandas como os Sheiks, apelidados de “Beatles portugueses”. Na bagagem traz já quase 30 álbuns, uma lista imensa de singles e outras participações, sem esquecer as distinções. Destaque para a condecoração de Oficial da Ordem da Liberdade, recebida em 2009.

Como descreve os 54 anos de carreira?

Têm passado tão depressa que ainda não percebi bem como cheguei até aqui a fazer música. Tem sido um tempo feliz.

Para quando novos projetos?

Está a ser preparado um projeto que ainda não pode ser revelado, que irá acontecer ainda em 2016 e que conta com muitas caras conhecidas e estimadas pelos portugueses.

Onde encontra a inspiração para compor?

Em tudo o que me rodeia. Não faltam motivos, nos tempos que correm, para compor. As estórias não faltam.

Dois dos seus filhos (Mafalda e Agir) seguem-lhe os passos na música. Daquilo que observa, os problemas que os artistas enfrentam são os mesmos independentemente da geração?

A Mafalda vive desiludida com o chamado “meio artístico”. Canta bem, mas não a sinto com vontade de fazer música neste momento e neste lugar. O Agir já não precisa de grandes apresentações. Bom profissional, bom músico, bom conhecedor do meio que frequenta há muitos anos…

De Bem com a Vida é…

Olhem para mim, não pareço uma pessoa feliz?

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