João Pereira: um dos meus heróis de verão

Nada mal para uma estreia nos Jogos Olímpicos: 5.º lugar. O que na verdade significa o melhor resultado de sempre do triatlo masculino em Jogos Olímpicos.

O triatleta português revela que deu tudo o que tinha no Rio de Janeiro e que esta prestação fantástica tem 10 anos de trabalho. João começou a treinar aos 18. Na altura, o objetivo era garantir a entrada na Universidade − Faculdade de Motricidade Humana, onde pretendia seguir Desporto, e a estratégia para subir a média geral foi aplicar-se na disciplina de Educação Física. O empenho traduziu-se em testes que supreenderam o professor e proporcionou-se o desafio para levar o talento mais a sério. Teve como primeiro treinador um técnico de triatlo, o que terá sido decisivo para a escolha da modalidade.

O seu forte ainda é a corrida (como se viu no Rio de Janeiro), mas João também divide o seu dia em exercícios de natação e bicicleta. Regra geral, treina três vezes por dia e uma vez ao domingo. Só assim é possível assegurar uma prova de 1500 metros em natação, 40 km de bicicleta e 10 km de corrida − as distâncias olímpicas. “Depois é o fator psicológico que faz o resto”, salienta o triatleta. Além do treinador Lino Barruncho e da equipa de suplementação Gold Nutrition, João é acompanhado pelo psicólogo do Benfica, Pedro Almeida: “Treino muitas técnicas de dissociação, para substituir o stress por pensamentos positivos. Durante a competição, o corpo dá sinais de cansaço, pede para parar, diz-nos que não aguenta mais, e há que afastar esses pensamentos, focando metas pequenas.”

À segunda, foi de vez. João falhou o apuramento para Londres mas garantiu com antecedência a presença no Rio: “Recebi muito apoio, muitos parabéns. A minha irmã que me tem acompanhado ao longo da minha carreira estava mais emocionada do que eu próprio. E é isso que me faz perceber que esta vitória não é só minha, é de uma equipa inteira.”

 

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