“Eu não invento nada. Eu limito-me a seguir a realidade

O Papa foi raptado, e Tomás Noronha, um simples historiador a fazer pesquisa no Vaticano, está na posse de informação que fornece pistas sobre o enredo.

Esta é a história de Vaticanum, o último romance de José Rodrigues dos Santos, lançado a 6 de outubro. E é menos ficcional do que parece.

 Quatro jihadistas já foram presos pela tentativa de assassinar o Papa. E, recorda o jornalista José Rodrigues dos Santos, foram já emitidos dois avisos de que o Sumo Pontífice é um alvo, tendo sido um dos alertas divulgado em setembro deste ano. O atual alvo número 1 a abater pelo Estado Islâmico é o Papa, pelo que Vaticanum não surge por acaso. O 16.º livro de José Rodrigues dos Santos interrompe, assim, a trilogia em curso (da qual fazem parte As Flores de Lótus e O Pavilhão Púrpura) e impõe-se pela atualidade de um Estado incapaz de deixar um jornalista indiferente: “Nunca tive a intenção de tocar no tema do Vaticano, justamente porque há muitos autores que o fazem.” Contudo, ao observar toda a sumptuosidade que envolveu as cerimónias do início do pontificado do Papa Francisco, Rodrigues dos Santos repensou: “Mas como é que eu posso ignorar algo tão cénico como isto?” O fascínio conduziu-o ao Stato della Città del Vaticano, onde fez a sua pesquisa para o livro.

Vaticanum, o seu último romance, é, portanto, o pretexto para esta conversa com José Rodrigues dos Santos. Um autor traduzido em 20 línguas e com mais de dois milhões de exemplares vendidos  − e que conhece o top de vendas em países como Portugal, França, Bulgária e Hungria − só pode ser um autor… de Bem com a Vida.

 

Quem é José António Afonso Rodrigues dos Santos?

Jornalista, correspondente de guerra, professor universitário e escritor português nascido na antiga colónia portuguesa de Moçambique. Aos 52 anos, com 16 romances publicados (a contar com este último), foi eleito o melhor escritor português, num inquérito realizado junto de 28 mil pessoas pela organização do Prémio Cinco Estrelas. Tornou-se dos escritores portugueses contemporâneos a alcançar o maior número de edições com livros que venderam mais de cem mil exemplares cada. Há quem goste, há quem goste menos, há quem susurre boatos (“Há rumores que correm por aí de que não sou eu que escrevo os livros. É a minha mulher e eu só ponho o nome”, in DN, agosto de 2016). E há críticas extraordinárias: “Melhor do que Dan Brown”, segundo o programa de rádio Tros Nieuwsshow, Holanda.

 

Comentários

comentários