A ideia parte do Partido Comunista chinês que quer submeter todos os cidadãos a diversos testes online
Consoante a pontuação obtida, há consequências sociais como impossibilidade de pedir empréstimos bancários ou ser-lhes negado viajar até ao estrangeiro.
Dados como a capacidades cognitivas e emocionais poderão estar expostos em websites, estando o cidadão pontuado, determinando se é de “confiança” ou não. O Partido Comunista chinês quer implementar no país este modo de vida, para assim ditar a quantidade de direitos que cada cidadão terá. O que quer dizer na realidade é que os cidadãos com notas mais baixas ver-se-ão com direitos negados. Permissão para viajar ou um empréstimo ao banco pode ter resposta negativa se o cidadão tiver poucos pontos.
Falhar o pagamento de uma prestação, passar um vermelho, criticar o governo ou destratar outro ser humano pode implicar perda de pontos. Chocado? Segundo o The Independent, a intenção do Governo chinês é conseguir ter esta proposta materializada até 2020.
Podemos ter um vislumbre do que poderá ser a China assistindo ao episódio “Nosedive” da série Black Mirror da Netflix, onde todos os episódios focam o poder da tecnologia. Aqui vive-se num época onde um dispositivo de realidade ampliada permite que todos se avaliem de 1 a 5 estrelas, 24 horas por dia.
As avaliações focam tanto a personalidade virtual quanto real. Ou seja, as suas fotos nas redes sociais podem ser avaliadas, mas também a sua atitude com uma empregada no centro comercial, por exemplo.
Essa pontuação determina o seu valor social e se está ou não apto para alugar uma casa ou até conseguir um emprego.
O objectivo do Governo do país com 1,3 bilhões de pessoas é ter um único sítio (uma plataforma) que possa aglomerar o máximo de informação sobre cada cidadão, premiando os bons comportamentos e penalizando os maus.
Por Marta Amorim
