Fotografia de Luis Almeida para Júlia - De bem com a vida

Mexefest terminou com chuva, mas nada parou os amantes da música

Gallant foi a estrela da noite, mas não houve mulher que lhe ficasse atrás.

Mallu Magalhães, Elza Soares, La Dame Blanche, Sara Tavares, entre tantas outras, fizeram mexer os festivaleiros entre as várias salas.

A tarefa não só parecia impossível, como o foi. Ainda assim, a equipa de Júlia – De bem com a vida assistiu a grande parte dos mais de dez concertos das figuras femininas que abrilhantaram a noite. Às 19:30 já Fábia Rebordão fazia ecoar o seu vozeirão no Palácio Foz. O público, silencioso durante a música, aplaudia efusivo a fadista.

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Fábia Rebordão

À mesma hora, a multifacetada Meg Baird atuava na Sociedade de Geografia de Lisboa. Acompanhada pela sua guitarra, a cantora americana relaxou a plateia com a sua voz melodiosa e estilo folk.

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Meg Baird

Gallant já subia a palco mesmo ao lado, no Coliseu dos Recreios. Na plateia ecoavam onomatopeias ao ouvir uma das vozes mais aclamadas pela crítica, atualmente. Mas também por ver o jovem cantor, nascido em 1992, com uma energia que tornou muito difícil a vida dos fotógrafos.

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Gallant

No Tivoli BBVA somavam-se os chapéus de chuva e os impermeáveis até à última plateia, único espaço onde ainda havia lugares para ver Mallu Magalhães. A cantora brasileira de voz doce encheu a sala de fãs que cantaram todas as letras, incluindo a icónica canção “Janta” do marido Marcelo Camelo e algumas músicas do conjunto Banda do Mar em que participa. Mallu não deixou de agradecer aos portugueses e a Portugal, país onde nasceu a sua filha Luísa e que diz considerar cada vez mais seu também.

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Mallu Magalhães

Às 21:15 tocavam Sara Tavares, no Cinema São Jorge, e La Dame Blanche, no Cine-Teatro Capitólio. A Sara Tavares não faltou o sorriso e o ritmo quente que aqueceu a sala. Agradeceu ao público e até perdoou aqueles que ao final das primeiras músicas saíram para correr para outros concertos que decorriam. “Hoje estão perdoados, mas só hoje”, disse a cantora cabo-verdiana entre risos. Depois de sete anos do albúm Xinti, Sara acaba de lançar o single Coisas Bunitas e prepara o novo albúm para o novo ano.

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Sara Tavares

O Cine-Teatro Capitólio estava composto para ouvir La Dame Blanche. A caricata cantora cubana, de pai trompetista e diretor artístico dos Buena Vista Social Club, funde o hip hop com o dancehall e o reggaae e conseguiu pôr a plateia a dançar.

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La Dame Blanche

Às 22:10 chegava a vez de uma das cabeças de cartaz encher o Coliseu dos Recreios. A sofrida Elza Soares, A mulher do fim do mundo (título do seu primeiro álbum de inéditos lançado em 2015), atuou sentada devido à cirurgia cervical e lombar a que foi sujeita há não muito tempo. O cabelo roxo, volumoso e o vestido preto não lhe carregaram o sorriso frequente. E não faltaram risos no público quando a cantora perguntou se estava “tudo fixe” numa tentativa muito engraçada de utilizar a gíria portuguesa. A cantora de 79 anos que quer “cantar até ao fim” pediu constantemente os gritos da plateia e deixou muita gente rendida ao seu samba, rock e funk únicos.

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Elza Soares

O Vodafone Mexefest terminou e provou que a música move multidões mesmo debaixo de chuva.

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