TV: A minha série (estrangeira) favorita

Adoro. É uma série extraordinária. A imprensa estrangeira avisou: vem aí a sua próxima obsessão televisiva. E aqui está mais uma fã: eu. Big Little Lies – não perco uma cena desta comédia disfarçada de drama.

Em Big Little Lies (“Pequenas Grandes Mentiras”, série baseada no best seller de Liane Moriarty), a atriz Reese Witherspoon é  Madeline, uma mulher “desbocada”, divertida, mãe de duas crianças, uma delas adolescente e responsável pelos dilemas que enfrenta com o ex-marido, pai da adolescente, casado agora com uma hippie, bem mais jovem… A melhor amiga de Madeline é Celeste (a brilhante Nicole Kidman) que desistiu da carreira de advogada pelos dois filhos e principalmente pelo marido, com quem possui uma relação aparentemente ideal e apaixonada (aos olhos da comunidade, que desconhecem a personalidade doentia do homem com quem Celeste casou).

Falta a misteriosa Jane (Shailene Woodley) que protagoniza um dos principais momentos da série, no primeiro episódio. No primeiro dia de aulas, a professora reúne os pais no exterior da escola e conta que a menina loura, Amabella, foi magoada por um colega. “Quem foi Amabella?”, pergunta numa tentativa, pública e muito estranha de resolver o problema. A criança aponta na direção do doce Ziggy (filho de Jane). E os dramas/comédias começam, girando em torno de um acontecimento fulcral na história e que vai sendo desenrolando ao longo dos episódios: um homicídio.

Big Little Lies convida-nos a entrar numa comunidade que pretende ser hospitaleira e confortável. Mas onde estes adjetivos se ficam pelas boas intenções. Há invejas, bullying, rasteiras. Mas a forma como são enredados é surpreendente, criativa.

Sobretudo convida-nos a espelhar-nos nas personagens e na forma como estas moldam os seus filhos, através das suas/nossas ansiedades, medos, inseguranças, orientações para o sucesso.

 

Passa na HBO. E vale a pena. Inclusive pela banda sonora: Cold Little Heart, do músico Michael Kiwanuka.

 

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