Os enfermeiros estão em greve durante esta semana. Exigem ganhar como especialistas, uma nova tabela salarial para toda a classe e 35 horas de trabalho para todos.
O primeiro de cinco dias de greve dos enfermeiros está a ter mais adesão do que o inicialmente esperado. A adesão à greve dos enfermeiros aumentou hoje de manhã, com uma subida de 80 para 85%, segundo o Sindicato dos Enfermeiros (SE). De acordo com José Azevedo, presidente do SE, os serviços mais afetados pela greve são os blocos cirúrgicos e a consultas, falando ainda nalguns incidentes de marcação de faltas injustificadas.
O responsável disse ainda que a greve afeta os serviços programados, que estão encerrados, mas garante que os enfermeiros estão a assegurar os cuidados primários nas situações em que há tratamentos urgentes a fazer nos domicílios.
Contactado pela agência Lusa, fonte do gabinete do ministro da Saúde disse que a tutela não tenciona, para já, divulgar quaisquer números da adesão a esta greve.
O que pedem os enfermeiros?
Os profissionais reivindicam a introdução da categoria de especialista na carreira de enfermagem, com respetivo aumento salarial, bem como a aplicação do regime das 35 horas de trabalho para todos os enfermeiros. No entanto, a Secretaria de Estado do Emprego considerou irregular a marcação desta greve, alegando que o pré-aviso não cumpriu os dez dias úteis que determina a lei.
Ainda assim, os enfermeiros mantiveram a greve nacional, invocando a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira.
A greve foi marcada pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e pelo Sindicato dos Enfermeiros (SE) para o período entre as 00h00 de hoje e as 24h00 de sexta-feira.