Há vida depois da menopausa Hollywood

Há vida depois da menopausa

Minhas senhoras, nem a Lara Croft escapa aos afrontamentos. Ninguém disse que era fácil. Nem em Hollywood. Mas, como sugeriu a Oprah, vamos lá começar a conversa.

Poderia ser um tabu numa indústria como a de Hollywood, que presta culto a mulheres jovens, sex symbols, sem rugas nem flacidez. Poderia também a entrada na menopausa significar um ponto final na carreira. Veja-se o que disse a veterana norte-americana Bette Midler, 71 anos, quando, em 2001, assumiu a sua menopausa: “Não aconselho a ninguém ficar obcecado com a menopausa ou com o envelhecimento. Ainda assim, é verdade que, nesta cultura, deitam-te fora quando envelhecemos. Eu assisto a essa atitude todos os dias, especialmente no meu ramo. Na minha idade, representas o papel de mãe de alguém ‒ e não há muitos papéis desses disponíveis!”, referiu, em entrevista à Oprah, a cantora, atriz e modelo.

Adeus, papéis de miúda solteira, femmes fatale, mulher independente, mulher ativa. Olá, personagens de matrona, esposa de herói que fica em casa à espera de que a aventura acabe, matriarca sábia, madonna infértil.

Em Hollywood, este não é um tema fácil. Mas as seguintes mulheres recusam-se a associar menopausa a derrota. Cada uma à sua maneira.

Precoce e forçada

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Angelina Jolie, 42 anos, declarou-se em 2015 ao The New York Times. “Estou na menopausa.” Ao Sunday Style, acrescentaria mais um bom título: “Na verdade, estou a adorar estar na menopausa.” No seu caso, a ‘notícia’ chegou mais cedo, aproximadamente uma década, e veio a reboque da cirurgia preventiva a que se submeteu a premiada atriz norte-americana para a remoção dos ovários e das trompas de falópio. Recorde-se que Angelina Jolie tinha mais de 80% de probabilidade de sofrer de cancro caso não tivesse realizado aquela cirurgia.

Jolie optou por assumir a “menopausa forçada”, mas houve quem não lhe perdoasse. Allison Pearson, jornalista do jornal britânico Telegraph, chamou-lhe o “começo do fim”, equiparando a revelação de Jolie à capa de Demi Moore, que posou nua e grávida de sete meses para a Vanity Fair em 1991. Segundo a repórter, era o início do fim da mulher no cinema.

Há sempre vozes a argumentar que Angelina Jolie como porta-estandarte da menopausa é facilitismo na indústria cinematográfica ocidental. Jolie é bonita, jovem, e tem à sua disposição recursos financeiros que lhe permitem o acesso aos melhores tratamentos (Jolie optou por um à base de hormonas bio-idênticas), tecnologia e médicos. Mas, aqui entre nós, facilitismo? O exemplo de Angelina não é inocente. Nem a Lara Croft escapa à menopausa e aos respetivos sintomas ‒ e no seu caso até serão mais severos, por se tratar de uma menopausa precoce. Ainda assim: “Eu sinto-me tranquila perante o que quer que venha a acontecer, não porque seja forte, mas porque esta fase faz parte da vida. Não há nada de que ter medo”, referiu à imprensa.

Pausa, mas com estilo

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Não esperava menos de Kim Cattrall quando, em 2014, se associou à campanha da Pfizer “Ligue-se à Menopausa” e encorajou as mulheres a “abraçarem a menopausa com estilo”. “O que eu diria, o que eu disse a mim mesma e às minhas amigas que também experienciaram estas mudanças, é que fazem parte do ser humano. Não devemos temer a menopausa. Não estamos sozinhas. Esta campanha tem sido uma fase de aceitação, tolerância e educação sobre esse tempo de vida.”

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