Estou em Roma e acabei de ver o Papa. Estou comovida com a sua profunda humildade e normalidade.
Quando surgiu este convite, fui assolada por uma corrente de alegria. Ainda não tinha sequer olhado para a minha agenda mas já sabia que estaria totalmente disponível nessa data.
“E Deus criou o Mundo” é o único programa de rádio (Antena 1) do mundo que junta três religiões distintas à mesma mesa. E por isso, a equipa desta rádio (da qual faz parte o meu marido) recebeu o convite para estar presente, em lugar privilegiado, na Audiência Geral. A Audiência Geral é a oportunidade de ver o Papa. O acontecimento decorre todas as quartas-feiras na Praça São Pedro, pela manhã, e envolve um ritual único e medidas muito apertadas de segurança.
Junto à Basílica de São Pedro (onde está enterrado São Pedro), o povo reúne-se para ouvir a catequese. E os convidados têm o privilégio de se aproximarem um pouco mais.
Juntamente com a equipa da Antena 1, fiquei a metros do Papa Francisco, que fez questão de cumprimentar e saudar cada um dos convidados do programa “E Deus criou o Mundo”: Isaac Assor (judeu), Pedro Gil (católico) e Khalid Jamal (muçulmano).
De três anos de programa, resultou o livro, com o mesmo nome – “E Deus Criou o Mundo“, que foi também entregue em mãos ao Papa Francisco, pelo Carlos Quevedo, o autor da obra.
Há muito a contar. E a seu tempo, escreverei com mais detalhes este momento. Por agora, partilho convosco a minha comoção: como se imagina, há um povo inteiro a chamar pelo Papa Francisco durante estas audiências. E o Papa pára a cada apelo. Cada criancinha que lhe abre os braços tem direito a uma atenção por parte do Papa Francisco.
E não há bebe que chore nos seus braços. Foi esta profunda “normalidade” do Papa Francisco que me comoveu. Sentimos ali que ele não está acima de ninguém. É um homem adorado pelo povo. E as razões, percebia-as mais uma vez ali, ao vivo.