Dizem-nos a todo o momento que o futuro já chegou.
No setor da mobilidade, os carros serão “pilhas com rodas”, sem condutor. Vamos comprar menos veículos e passar a partilhar mais.
No setor da saúde, impera a telessaúde, com consultas à distância, telemonitorização e recolha (à distância), via telefone, videochamada ou chat, dos nossos sintomas.
O futuro digital da saúde passa por gadgets e apps, como a app LivingWith. “Hoje, mais pessoas do que nunca estão a apreender a lidar com a vida, com cancro”, e por isso esta app gratuita lançada no início do ano. A app ajuda os doentes com cancro a terem presente datas importantes, e sobretudo procura mantê-los ligados aos amigos e/ou familiares.
O futuro chega com robots inteligentes (Sophia) a obterem cidadania, com relacionamentos made in Tinder, e com empresas a promoverem viagens espaciais de milhares de euros.
Parece irreal este futuro. Parece irreal que, entre tanto avanço de tecnologia e inteligência artificial, se ouça um audio de crianças em desespero, separadas dos pais, na fronteira dos Estados Unidos. “Tolerância zero” para com tamanha crueldade.
O futuro chegou? Que futuro é este?