Bolsonaro, foto instagram

Bolsonaro também ganhou fora do país

Jair Messias Bolsonaro recolheu 55,2% dos votos dos mais de 100 milhões de brasileiros que votaram no passado domingo, dia 28 outubro, no Brasil.

Mas no exterior, Bolsonaro também ganhou as eleições em vários países. O homem que promete “mudar o destino do Brasil” venceu em Lisboa, em Tóquio, Montevidéu, Istambul e ainda em Miami, nos Estados Unidos, onde a popularidade de Bolsonaro atingiu 91,04% dos votos, contra 8,96% de Fernando Haddad (PT).

Philipp Müller, 40 anos, trabalha em Miami na área da banca. Conta-nos que estes resultados mostram que “os Brasileiros de Miami querem uma economia liberal. No primeiro turno, até ouvi algumas pessoas a dizerem que não votariam em Bolsonaro”, mas na segunda volta, recorda Philipp, a conversa foi outra. “Aqui as pessoas estavam mais inclinadas em tirar o PT do poder por conta dos esquemas de corrupção, da péssima gestão económica e alguns diziam estar com receio de o Brasil poder tornar-se uma Venezuela caso o PT ganhasse. Dos poucos contra o Bolsonaro em Miami, a preocupação é com o tom autoritário, como será o governo na relação com as minorias e com o meio ambiente.”

De recordar o apelo que a modelo Gisele Bündchen acaba de fazer a Bolsonaro, questionando a fusão do Ministério da Agricultura e Meio Ambiente, uma proposta do Presidente do Brasil que a modelo considera “um retrocesso”.

 

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Gisele Bündchen

 

Atualmente a residir em Miami, Philipp comenta-nos as eleições do seu país: “pessoalmente, acredito que o tom de ambos lados foi de grande histeria, desrespeito pelo eleitor por falta de propostas ou por puro estelionato eleitoral – os políticos brasileiros são mestres nisto, prometem uma coisa e no dia seguinte fazem outra – ou seja, eu não votaria em nenhum deles. Entretanto, observo um facto interessante: pela primeira vez no Brasil, propostas económicas mais liberais (principalmente pelo partido Novo) não foram “demonizadas”. Eu ficaria muito feliz se o Brasil passasse a “imitar” gestões económicas, como por exemplo a Austrália (que é uma das economias mais liberais do mundo e há 27 anos não tem uma recessão) ao invés de continuar na insistência do socialismo bolivariano que obviamente não deu certo”.

 

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“Os políticos brasileiros são mestres nisto, prometem uma coisa e no dia seguinte fazem outra”, Philipp Muller, atualmente a residir em Miami onde Bolsonaro registou a maior popularidade fora do país com 91,04% dos votos

No Brasil, a festa continua  

Jacqueline Dias, empresária na área de recrutamento (é dela a autoria do aplicativo APPonte, de recrutamento e seleção) tem 38 anos, e fala-nos de São Paulo, onde vive atualmente.

Conta-nos que no seu círculo de amigos, familiares e de colegas de trabalho, o contentamento é geral:  “estão todos contentes e otimistas com a mudança de governo”.

A empresária realça que “um dos discursos do Bolsonaro na campanha foi o de que ele seria capaz de romper com o atual sistema político e de reduzir os gastos absurdos do setor público. O Bolsonaro realmente percebeu o cansaço dos brasileiros com a corrupção e o desejo profundo de retirar o PT do governo, pois afinal foram 14 anos no poder e o povo presenciou muito roubo”. Um dos maiores escândalos, destaca, foi a do “lava jato” (operação relacionada com lavagem de dinheiro e corrupção).

“O Bolsonaro prometeu quebrar estacas da economia, como isenções fiscais para setores específicos, indo ao encontro das expetativas de muitos brasileiros”, conta Jacqueline Dias.

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Jacqueline Dias, empresária em São Paulo conta que todos os seus amigos, familiares e colegas de trabalho “estão contentes e otimistas com a mudança de governo”

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