Os dados dizem respeito a 2017 e foram publicados há dias pelo Eurostat.
Oito por cento da população da União Europeia respondeu, em inquérito, que não tem condições para aquecer a sua casa adequadamente. Portugal está no topo da lista – é o quinto país da União Europeia com a percentagem mais elevada de habitantes que não consegue manter a sua casa quente.
Um em cada cinco portugueses (20,2% da população portuguesa) não dispõe de meios económicos para ter um bom aquecimento dentro de casa. Acima de Portugal, está em primeiro lugar, a Bulgária com 36,5%, depois a Lituânia com 28,9%, a Grécia com 25,7% e o Chipre com 22,9%.
No final do ranking, com as melhores condições de aquecimento, encontram-se os países nórdicos. Na Finlândia apenas 2% da população tem dificuldades em pagar o aquecimento.
Recorde-se que no início deste ano, (desde 1 a 25 de Janeiro), foram assinaladas em Portugal mais de 1000 mortes acima do normal devido à gripe e ao frio.
Portugal esteve no grupo de países onde o surto de gripe foi mais grave (no nível moderado), com destaque para os internamentos de doentes com gripe A, situação que entretanto foi relativizada pelos especialistas, que consideram que esta gripe deixou de ser perigosa e tornar-se-á numa gripe sazonal.
No Reino Unido, que está 9 posições abaixo de Portugal, a imprensa falava em tragédia: mais de 3 mil mortes por ano devido a falta de aquecimento de casas por carências económicas.
Tragédia, de facto. Triste.
