“O mundo é um lugar melhor graças a Jon Stewart”.
Registei este comentário, entre as milhares de observações partilhadas sobre o testemunho emocionado do comediante e apresentador Jon Stewart.
Na passada terça-feira, o também escritor e produtor Jon Stewart foi ao Congresso norte-americano defender os bombeiros, polícias e outros socorristas que intervieram após o atentado terrorista do 11 de Setembro.
Na altura foi estabelecido um fundo para pagar custos médicos dos socorristas. Mas, ainda hoje, continuam a surgir mazelas naqueles que passaram semanas nos escombros, a respirar o ar nocivo dos dos prédios desmoronados. Problemas crónicos, como refluxo e asma estão entre as doenças mais comuns, mas milhares de casos de cancro também foram diagnosticados. O financiamento tornou-se insuficiente e o administrador do fundo anunciou que os gastos pendentes e futuros iriam ser cortados, a não ser que o Congresso agisse.
Mais de 12.500 casos de cancro diagnosticados nos socorristas do 11 Setembro.
Foi esta urgência que levou Jon Stewart ao Congresso. Para dizer, “irritado e nada diplomático”: eles fizeram o seu trabalho, dezoito anos depois façam o vosso”.
Jon Stewart lamentou a vinda de um grupo de “doentes e moribundos” que “vieram até aqui para não falar com ninguém”, apontando o dedo à sala vazia de congressistas. “Que vergonha”, disse o ex-apresentador do The Daily Show.
Ontem, quarta-feira, um dia depois das duras críticas de Jon Stewart ao Congresso, este aprovou um projeto de lei para autorizar fundos adicionais para o Fundo de Compensação às Vítimas de 11 de setembro até 2090.
“O mundo é um lugar melhor graças a Jon Stewart”.