Procura-se: Pessoas que abracem bebés

Precisam-se de pessoas que abracem bebés.

Bebés abandonados e bebés de mães com depressão pós-parto.  O apelo vem dos Estados Unidos (Organização de Adoção) e da Nova Zelândia (Especialista em pós-parto). Mas também de hospitais no Canadá. Um abraço.

Nos Estados Unidos, a associação Spence-Chapin, que foi criada há 100 anos por Clara Spence e pelo casal Chapin, com o objetivo de criar berçários para as crianças abandonadas em hospitais e em abrigos, depende do apoio de voluntários para continuar a prestar serviços às crianças e futuras famílias da adoção.

Apesar das adoções que a associação ajuda a concretizar, há crianças que precisam muito de atenção enquanto aguardam por uma família. E é neste processo e neste intervalo de tempo que os voluntários são preciosos, segundo a Spence-Chapin, que lamenta a diminuição de candidatos nos últimos tempos.

O que se procura é simples: “Pessoas que abracem bebés”.

“Será que há um espacinho na sua vida que poderia ser preenchido a abraçar bebés que precisam desesperadamente de amor e atenção?“, apela a associação através dos media e meios de divulgação ao alcance.

“Os Prestadores de Cuidados Internos desempenham um papel essencial no trabalho da nossa organização. Nenhum trabalho é mais importante do que cuidar e proporcionar um ambiente seguro, estável e estimulante para uma criança”, partilha o Spence-Chapin neste site.

“O meu trabalho é fazer com que o bebé se sinta amado 24 horas por dia”, conta ao site uma professora reformada, atualmente prestador de cuidados internos enquanto voluntária desta organização: “eu abraço os bebés, falo com eles, canto para eles. Sinto-me tão bem quando estou com os bebés. Espero que eles sintam o mesmo”.

A atual crise na oferta de “especialistas em dar carinho a bebés” não é exclusiva da Spence-Chapin.

Tatiana Ceban, neozelandesa, é especialista em saúde reprodutiva e intervém na gravidez e no pós-parto, fornecendo apoio emocional às mães e famílias. Tatiana conta com a ajuda de voluntários, para ajudarem a cuidar das crianças de mães com ansiedade e depressão pós-parto. Mas, pela primeira vez em quatro anos de formação que está a orientar na área, Tatiana diz que não existem voluntários.

“Estes voluntários são cruciais, porque muitas das mulheres não têm família, amigos ou babysitters de confiança em Marlborough, na Nova Zelândia”, refere a especialista em declarações ao MarboroughWeek. 

“Apenas nas sociedades ocidentais, espera-se que as mulheres cuidem sozinhas do bebés, muitas mulheres do grupo não têm mais ninguém”, explica a especialista, contrapondo com o contexto de países como a China, em que a família da mãe desloca-se, durante 40 dias, para ajudar a cozinhar, limpar a casa, possibilitando à mãe recuperar e estabelecer a ligação com o seu novo bebé.

“Especialistas em acarinhar bebés” precisam-se.

Precisam-se de mais homens/mulheres como David Deutchman. Chamam-lhe o Vovô, o voluntário que nos últimos 12 anos já acarinhou mais de 1200 bebés no Healthcare of Atlanta, no Scottish Rite Hospital, nos Estados Unidos. David ocupa os seus tempos livres a “acarinhar bebés que nascem prematuros e que precisam de atenção especial”.

Foto destaque: editada do vídeo https://www.youtube.com/watch?v=IMzf3C34NNM

 

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