“Devemos ter sempre grandes, secretas, enormes esperanças no amor e na vida. Quando maiores, melhores”, Gloria Vanderbilt
Ícone da moda (conhecida como a “rainha dos jeans” por ter lançado uma marca própria de jeans com um cisne como logo), atriz, autora, artista plástica, herdeira de uma das maiores fortunas familiares da história dos EUA. E ainda uma “extraordinária mãe. E uma mulher incrível”, realça o seu filho Anderson Cooper, escritor e jornalista premiado da CNN.
Gloria Vanderbilt morreu esta semana, na segunda-feira, aos 95 anos. E a forma como Anderson Cooper descreveu no ecrã, em direto, na CNN, os últimos momentos de vida da mãe, nove dias após o diagnóstico de cancro, é… no mínimo, um comovente tributo.
Esta quinta-feira, durante o seu programa “Anderson Cooper 360”, Anderson olha o seu público nos olhos para partilhar uma notícia incontornável, enquanto figuras públicas que são Cooper e Gloria Vanderbilt.
É inevitável não comunicar com aqueles por cuja casa entramos todos os dias. A barreira entre público e privado é confusa. Mas nesta linha delicada, há quem atue de forma perfeita. Como Cooper, que se dirigiu ao seu público, sereno na maior parte do discurso, para nos dizer que os últimos nove dias e noites que passou perto da sua mãe foram “uma grande, mas uma grande bênção. Foram os dias mais extraordinários da minha vida e eu estou muito grato”.
“Embora eu estivesse a segurar a mão da minha mãe e a sua cabeça quando ela deu o seu último suspiro, ainda é um pouco difícil para mim acreditar que ela partiu”, diz o jornalista, no único momento em que a vez embarga e a comoção lhe trai o ritmo do discurso.
O pai de Cooper morreu quando o jornalista tinha 10. O irmão, suicidou-se. Cooper tinha 21. “Ela foi a última da minha família mais próxima, a última pessoa que me conheceu desde o início. Todos eles partiram e agora tudo parece mais solitário. Espero que, pelo menos, estejam juntos.”
