Livros de Verão - 2019

O meu Top 4 do Verão 2019

Leituras de Verão.

A Balada do Medo. O Fim da Solidão. A Sabotagem. O Homem que gostava de cães.

 

Comecei pela A Balada do Medo, de Norberto Morais. Por várias razões. Digamos que era uma escolha segura. O seu primeiro romance é uma delícia. De leitura compulsiva. E o segundo igualou o entusiasmo e manteve a fasquia bem lá em cima.

Nas palavras do próprio autor, esta Balada tem como mote de partida, “a história de um caixeiro-viajante que leva uma vida múltipla, com identidades múltiplas, e que um dia, ao regressar de viagem, é confrontado com o anúncio da sua morte. Toda a parte do estereótipo que dá origem à narrativa desaparece de repente para dar lugar a uma luta desesperada pela sobrevivência que levará o leitor, pelo menos assim espero, numa viagem entre a imaginação e as emoções mais primitivas do ser humano”.

Da Balada do Medo passei para O Fim da Solidão. Fui atrás do “Prémio Literatura da União Europeia”, da citação no The Guardian, da história sobre a vida de três irmãos. Mas também fui levada pelo autor – um alemão que aos 34 anos já está a caminho do seu quinto romance. Esta é a sua obra mais biográfica – tal como os irmãos do livro, também o autor, Benedict Wells, cresceu num colégio interno desde os 6 anos. Benedict conta ao jornal britânico que um dos pais estava doente e não conseguia cuidar de Benedict. O outro estava desempregado e enfrentava problemas financeiros.

Depois do português e do alemão, tinha na fila o espanhol Arturo Pérez-Reverte. O mais velho dos três. O autor, jornalista, corresponde de guerra, que diz que “nunca fomos tão menos livres do que agora”. O autor que dispensa férias, e para quem o ócio é muito aborrecido, esteve recentemente em Lisboa (o segundo romance da trilogia integra cenários de Lisboa).  Em A Sabotagem, o anti-herói Lourenzo Falcó investiga a criação de Guernica, uma das pinturas mais famosas de Picasso. Muito bom.

O quarto livro do meu ranking não estava nos planos. Não é novo mas andava a rolar cá por casa faz algum tempo.  Foi desta. Peguei n’O Homem que gostava de cães, do cubano Leonardo Padura, e recordei o assassinato de Leon Trotsky. Foi a descrição deste assassinato mediático que internacionalizou Pandura. Um enredo policial bem reconstituído. Recomendo.

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