Vitalina Galvão

“Pensamos que só acontece às outras famílias”, Sandra Carvalho, sobrinha

Idosa de 86 anos desaparecida há 15 dias no Cartaxo. Buscas recomeçam hoje (19 agosto).

Há cerca de 10 anos, o médico de Vitalina deixou-lhe um aviso: “ou começa a fazer caminhadas ou vai parar a uma cadeira de rodas”. Vitalina levou a recomendação a sério e, desde então, os habitantes do Cartaxo habituaram-se a ver a idosa dar os seus longos passeios pelas redondezas. De vez em quando, alguém oferecia boleia no regresso. A idosa recusava sempre. Com a ajuda de uma canadiana, Vitalina Galvão preferia voltar a pé para casa. Na segunda-feira, dia 5 de agosto, não voltou. O neto, morador no andar de cima, deu o alerta na polícia. E após comunicação com a Proteção Civil, iniciaram-se as buscas na quarta-feira. Sandra Carvalho, a sobrinha que nos conta esta história, tratou de espalhar a mensagem pelas redes sociais e um grupo grande de voluntários juntou-se à equipa de buscas. Mas nada. Nem uma pista. Sandra Carvalho, enfermeira no Hospital de Elvas, também se juntou à equipa para tentar encontrar a tia com quem cresceu.

"Pensamos que só acontece às outras famílias", Sandra Carvalho, sobrinha Vitalina

Vitalina Galvão, idosa desaparecida com o neto

“Durante os seis dias, éramos cerca de 70 pessoas. Procurámos em valas, fossos, casas abandonadas. As equipas trouxeram drones. E ainda não temos notícias. O filho está de rastos. Todos queremos saber o que aconteceu”, Sandra Carvalho, sobrinha da idosa.

Vitalina Galvão, 86 anos, apresentava-se relativamente bem de saúde. O seu desaparecimento já foi entregue ao Ministério Público. Contudo, as buscas recomeçaram hoje uma vez mais. A sobrinha Sandra apela à divulgação da foto. “Neste momento encontro-me desesperada e já não sei a quem recorrer para me ajudar a mim e à minha família!”.

Sandra lamenta e interroga-se: “Parece que a minha tia se evaporou. O que para todos nós é muito estranho, pois é uma senhora conhecida por todos, apesar da idade e de alguma dificuldade em andar (usava uma canadiana) ela fazia quilómetros no Cartaxo e arredores, todos os dias!”.

"Pensamos que só acontece às outras famílias", Sandra Carvalho, sobrinha desa

Na quarta-feira, dia 7 agosto, começaram as buscas. Uma vasta equipa com elementos da Proteção Civil, Câmara Municipal, PSP, GNR, Bombeiros, Associação de Proteção das Florestas, Associação Nacional de Busca e Salvamento, Associação de Caçadores do Cartaxo e quase 50 voluntários. Durante seis dias, com a ajuda de drones e cães, fizeram-se buscas por casas abandonadas, poços, buracos, valas, zonas rurais, junto às bermas da estrada….. E  nem uma pista.

 

"Pensamos que só acontece às outras famílias", Sandra Carvalho, sobrinha Desaparecida

 

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