Marina Perezagua

“Para mim, o abismo está no chão”, Marina Perezagua

“Um dos melhores escritores espanhóis da nossa nova geração”, diz Salman Rushdie.

 

Licenciada em História de Arte, a escritora espanhola Marina Perezagua tem conquistado a aprovação da crítica, desde o seu primeiro romance, Yoro, que numa escrita dura e inquieta, aborda os acontecimentos da bomba atómica em Hiroxima. A narrativa de Maria é esmagadora. “Um dos melhores escritores espanhóis da nossa nova geração”, disse Salman Rushdie. Esteve no Folio, em Óbidos, no mês passado. E deixou-nos estas três respostas.  

 

A atração do abismo e o tédio da vida quotidiana: o tema da sua mesa no Folio. Foi isso que a levou a atravessar o estreito de Gibraltar em menos de quatro horas?
Para mim, o abismo está no chão. Na terra, sofro de ansiedade e só no mar sinto que estou em paz, que estou onde preciso de estar. É por isso que posso responder que, sim, nadei pelo Estreito de Gibraltar em pouco tempo porque a terra pesava demais.

Seis maneiras de morrer no Texas: pode falar-nos deste livro? Que mensagem deseja transmitir?
Para mim, é sobretudo uma história de amor e do desejo de amar, embora o cenário se desenrole em duas esferas truculentas: por um lado, é a história de uma mulher no corredor da morte no Texas e, por outro, é a narrativa sobre um homem, vítima de extração forçada e maciça de órgãos na China. Ambos se encontrarão naquilo que, insisto, é uma história com uma dura realidade muito documentada, mas também com grandes doses de amor e erotismo.

“Um dos melhores escritores espanhóis da nossa nova geração”, disse Salman Rushdie sobre si. Quem é Marina Perezagua?
Amante do mar a tempo inteiro, escritora por vocação, professora com paixão e com fé no futuro dos meus alunos.

 

Foto: Folio, Óbidos

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