“É verdade que enriqueceu e é hoje um homem rico?” perguntou a Luis Barrionuevo, político argentino. “Foste violado?”, questionou Mario Massaccesi, na sequência de um segredo a que o jornalista fez referência na sua vida pessoal. “Fazes magia negra? Consta que devolveste um vestido manchado ao designer Jorge Ibáñez, está correto?”, interrogou a modelo e sex symbol argentina Graciela Alfano.
Não são apenas as perguntas, incómodas e cruas, que caracterizam o estilo de Mirtha Legrand. Esta senhora que me foi apresentada há dias, no corredor da SIC, no tablet de um amigo/jornalista habitualmente sempre bem documentado, tem uma forma única de receber os seus convidados no programa Almorzando con Mirtha Legrand (Almoçando com Mirtha Legrand), emitido aos domingos no canal argentino eltrece.
Também são “apenas” os seus 92 anos. Leu bem. Mirtha Legrand tem 92 anos, 77 de carreira, e um programa de entrevista que é transmitido há quase meio século. Almorzando con Mirtha Legrand é um espaço de debate e entrevista à mesa, onde Mirtha Legrand faz estalar a polémica sem partir um prato.
Sabe colocar a pergunta mais incómoda com a mesma elegância com que bebe um copo de vinho. Que bela surpresa a Mirtha Legrand (ou A Grande). O agente que desde cedo lhe deu este nome artístico (o seu verdadeiro é Rosa Suárez) vaticinou-lhe a grandeza. Isto é (boa) televisão.
Foto: Facebook Mirtha Legrand
