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Sobre Meghan e Harry. Sobre os príncipes

Sobre a declaração da rainha de Inglaterra: “Os Sussexes não vão usar os títulos reais pois deixam de ser membros da Família Real”

 

“What Meghan wants, Meghan gets”. Consta que quando William partilhou com Harry um conselho, dado pela mãe, contra casamentos apressados, Harry reagiu mal e terá respondido “What Meghan wants, Meghan gets” (O que Meghan quer, Meghan tem”.)

Meghan quis casar com Harry. E eu, que assisti ao casamento real enquanto membro da imprensa, entendo que quando alguém decide casar com um príncipe, com um legado histórico e obrigações de realeza, tem que “saber ao que vai”.

E este é um exercício de lucidez. E também de alguma renúncia face às limitações de liberdade. A paixão está sempre associada a conceitos opostos a estes últimos. Mas nem quem vem do Novo Mundo deverá ter a pretensão idílica de mudar o mundo da monarquia britânica.

Há que saber as regras do jogo quando decidimos jogá-lo. Sobretudo quando o parceiro é um príncipe. Harry, que ainda é mais elegante e afável ao vivo, é um homem que conta já com muitas perdas na vida.

A aposta que ele fez é mais alta que a de Meghan. E Meghan, que trazia uma nova frescura à família real, recua agora, com um “período de transição” que a Rainha entende (o que não me convence) e ao qual a imprensa chama de escândalo Megxit. A rainha entende que esta é uma família que serve o país.

O assunto traz-me à memória o nome de Isabel Sartorius, uma namorada do Príncipe Filipe de Espanha que publicou o livro Por ti faria mil vezes, onde fala de como se libertou do “sofrimento do amor” que tinha pelo herdeiro do trono espanhol, Felipe.

Em Espanha, o passado de drogas da mãe de Isabel era conhecido e assombrava o romance. E há uma parte no livro que ajuda a explicar o afastamento de Isabel da família real espanhola: na sua primeira visita ao palácio real, em 1989, a primeira coisa que a rainha lhe disse foi: “Como está a tua mãe?. “Aquilo chocou-me. É claro, ela sabia da história.”. Isabel fugiu.

E o moral da história é esta: se conhecer um príncipe, fuja. O conto de fadas só existe nos primeiros três meses. Depois, não há condições para usar tiara.

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