Covid-19: Trump diz que se testes parassem nos Estados Unidos, não havia casos

COVID-19: As descobertas, a investigação e… Trump

COVID-19. Duas notas.

A primeira, de esperança e de investigação: um grupo de investigadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciou resultados positivos de um medicamento no tratamento de doentes diagnosticados com covid-19.

Segundo os investigadores, a dexametasona (testado apenas em meio hospitalar), um esteróide de baixo custo e que está atualmente disponível no mercado para o tratamento de outras patologias (como artrite e doenças da pele), reduz o risco de morte, em um terço, para os doentes que estão ligados a ventiladores. E reduz em um quinto, a probabilidade de morte para os pacientes que estão apenas a receber oxigénio.

Os investigadores estimam que o medicamento, caso tivesse sido aplicado no Reino Unido, desde o início da pandemia, poderia ter salvo cerca de cinco mil vidas. À BBC, o primeiro ministro Boris Johnson fala de uma “notável descoberta científica britânica”.

A segunda nota, de Trump. Que é também uma espécie de “descoberta”, resumida nesta sua declaração de segunda-feira: “se pararmos de fazer testes agora, teremos muito menos casos de coronavírus”.

Ainda há muitas questões por responder, dados contraditórios para avaliar e a corrida ao desenvolvimento de uma vacina é um desafio sem previsões. Mas nesta procura de estratégias e soluções, diria que a menos eficaz, responsável e prudente será acabar com os testes para acabar com (“ocultar”) os números de infetados.
Existem alturas em que as grandes ideias são as mais simples. Este não é o caso.

 

 

 

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