Covid-19: aumento de divórcios

Covid-19 e a explosão de divórcios

O confinamento é o gatilho e tem sido fatal para muitos casais, que não aguentam a pressão.

Estas são algumas das notícias e títulos de jornais na imprensa nacional e internacional. O divórcio pós Covid-19 é tema transversal.

“Número de divórcios dispara após queda inédita na quarentena”, é o título do Jornal de Notícias (domingo). A notícia dá conta de mais de 752 divórcios em Maio, comparando com o mês anterior de confinamento, Março. O jornal revela que os advogados relatam uma maior procura destes serviços pelos casais que pretendem tratar da separação antes das férias judiciais, agendadas entre 16 julho a 31 agosto.

No Brasil, a revista Pais & Filhos chega à mesma conclusão. Num artigo publicado no início deste mês, intitulado “a pandemia do divórcio”, a empresa Divórcios Brasil partilha um aumento de 177% na procura de advogados para consultoria sobre divórcio,  relativamente ao mesmo período do ano passado.

Em França, as rádios France Bleu publicam que esta é uma das consequências do confinamento: os divórcios estão a subir. 

O tema é transversal. E também na ordem do dia para a Agência Anadolu, que faz referência à Arábia Saudita, onde as taxas de divórcio aumentaram “porque o confinamento ajudou a que as mulheres descobrissem as relações secretas dos seus maridos”.

Hoje um dos assuntos em destaque no britânico The Guardian é precisamente sobre o que se passa na vida a dois. Um estudo do Centro Nacional de Estatística, com base em respostas de mais de seis mil adultos de Inglaterra, País de Gales e Escócia, revela que, entre marido e mulher, a ansiedade anda a pôr a colher. Ao contrário dos resultados obtidos no contexto anterior à pandemia, são agora as pessoas casadas ou em união de facto que apresentam maiores índices de ansiedade. Antes da pandemia, este grupo registava menores índices de ansiedade, comparando com os solteiros, separados ou divorciados. Resultados que o estudo associa a um melhor equilíbrio dos compromissos financeiros e ao nível da educação dos descendentes.

Perante estes e outros factos – “na cidade de Xi’an, na província de Shaanxi, no noroeste da China, as conservatórios receberam um número sem precedentes de pedidos de divórcio quando reabriram em março” – a BBC pergunta; “será que a COVID-19 está a mudar as nossa relações?”.

 

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