Em setembro (no dia 28), recebi o autor (e meu amigo) José Rodrigues dos Santos, para apresentar, no sofá Júlia, o seu mais recente romance, O Mágico de Auschwitz.
Sobre este livro, baseado em factos reais, o Zé falou-nos do mágico que, graças à magia, sobreviveu a um dos campos mais cruéis da história – neste campo morreram (estima-se) milhões de pessoas. O José Rodrigues dos Santos teve conhecimento da existência do mágico Herbert Levin, através de um judeu, sobrevivente do Holocausto, que esteve em contacto com o grande mágico dos anos 30/40, em Auschwitz.
Foi a partir dos relatos de Werner Reich, e das centenas de emails que trocaram sobre o assunto, que José Rodrigues dos Santos construiu esta história.
O que ficou por contar? Não fosse a pandemia, o Zé teria marcado encontro com Werner Reich, em Auschwitz. Werner iria partir dos Estados Unidos, onde vive atualmente. E o Zé partiria de Portugal, mas não sozinho. Eu estava incluída na viagem. E naquela que seria uma reportagem televisiva muito desafiante. Confesso que nunca tive intenção, nem vontade, nem disponibilidade, nem coragem, de visitar Auschwitz. O meu coração partir-se-ia, sempre disse. Mas o convite do Zé foi irresistível. A pandemia cancelou esta viagem. Mas, felizmente, não interrompeu o lançamento deste livro. Pela densidade emocional, esteve quase para não ser escrito, contava o Zé. É o seu vigésimo primeiro livro. E, como todos os anteriores, é um grande livro. Recomendo.
Para espreitar a entrevista com o José Rodrigues dos Santos, sobre O Mágico de Auschwitz.
https://sic.pt/Programas/julia/videos/2020-09-28-Jose-Rodrigues-dos-Santos-apresenta-novo-livro-e-confessa-Cheguei-a-tomar-a-decisao-de-nao-escrever-este-romance
