“Ele tem sido a minha força”, disse a Rainha de Inglaterra Isabel II sobre o marido. O príncipe Filipe, duque de Edimburgo, morreu esta sexta-feira, aos 99 anos. Estiveram casados 73 anos. Uma vida. Diz-se que ele aprendeu, com o tempo, a ser marido da rainha. Não terá sido fácil para um homem acostumado a comandar navios, passar para segundo plano. Não terá sido leve para Elisabete, ultrapassar as polémicas conjugais enquanto desempenhava o papel de chefe de Estado. Embora nem sempre fiel ao casamento, sugerem-nos as biografias e os documentários, o príncipe Filipe manteve a fidelidade à coroa.
Como uma vez disse um secretário particular do Palácio, “o príncipe Filipe é o único homem no mundo que trata a rainha simplesmente como outro ser humano. Ele é o único homem que pode”.
Ele, polémico, espírito independente e com sentido de humor. Ela, tímida e reservada. “Ele fá-la rir porque algumas coisas que ele diz e a maneira como ele encara a vida é obviamente um pouco diferente da dela. Juntos são um ótimo casal”, disse o neto, o príncipe William.
Escolheram-se um ao outro. Numa relação que evoluiu desde a paixão adolescente dos tempos de guerra. Desde os tempos em que ela guardava uma fotografia dele no quarto enquanto Filipe cumpria serviço na Marinha Real. Desde os tempos em que o então jovem Filipe escreveu à mãe, contando que estava completamente apaixonado. Que bela história de amor.
