A Gulbenkian volta a receber concertos esta semana, com o desconfinamento. Hoje é dia de Maria João Pires, com a Orquestra Gulbenkian, sob a direção de José Eduardo Gomes, maestro laureado com o 1.º Prémio e o Prémio Beethoven no Concurso de Direção de Orquestra da União Europeia.
O Concerto para Piano n.º 3 de Beethoven marcou o século XIX e também o período heroico do compositor alemão. Consta que a parte solista desta obra não estava escrita aquando da estreia. E que Beethoven terá tocado tudo de memória, improvisando. Uma execução altamente arriscada, disse o então maestro. Mas parece que a pressão sofrida pelo maestro só aumentou a diversão de Beethoven.
Entendo Maria João Pires quando diz que Beethoven “foi um iluminado, um mensageiro que trouxe algo à humanidade”.
Quanto à pianista Maria João Pires, publicava ontem o Daily Telegraph que estamos perante “uma das mais poéticas e aventureiras virtuosas da sua geração, com toque e técnica prodigiosas”. Tocar piano para mudar o mundo – um título fantástico sobre a pianista portuguesa, também do Telegraph!
Vai ser um bom diálogo entre piano e orquestra! A noite promete.