Júlia Pinheiro, Dia do Brincar

“Tragam-me a menina no Natal que ela vende que se farta”, dizia o avô aos meus pais. Dia Internacional do Brincar, 28 maio

A propósito do Dia Internacional do Brincar, que é hoje assinalado, 28 maio, e que celebra a importância das brincadeiras na infância, perguntavam-me como exercia eu esse direito nos meus tempos de criança.

Uma vassoura. Exatamente uma vassoura fazia as delícias da minha imaginação a apresentar o Festival da Canção. Sonho esse que, de facto, nunca realizei. Já fiz muita coisa em televisão, mas nunca aquela com que mais sonhava em miúda, de microfone na mão, neste caso, vassoura. Também brincava com bonecas e mobília. E tinha uma amiga que me acompanhava, da qual perdi o rasto mas não esqueço o nome: era a Graça.

Mas aquilo que mais gostava de fazer era vender. Na papelaria do meu avô, em Almada, entre lápis e revistas, divertia-me a valer. “Tragam-me a menina no Natal que ela vende que se farta”, dizia o avô aos meus pais. E lá comparecia eu, feliz da vida, a impingir canetas e jornais aos clientes do costume.

Brincar é uma coisa séria. É um Direito, essencial para o desenvolvimento dos mais novos e reconhecido no calendário da UNICEF. E as suas brincadeiras na infância, como eram?

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