Oksana Masters, medalha de ouro paralímpicos

Que grande lição de vida Oksana!, a atleta paralímpica que usa próteses devido a Chernobyl

Consta que a mãe biológica, na altura a viver perto de Chernobyl, sofreu um envenenamento por radiação quando estava grávida de Oksana Masters, “a melhor atleta de que nunca se ouviu falar”, como é atualmente apelidada.
Oksana nasceu apenas com um rim, sem partes do estômago e com seis dedos em cada pé. As suas pernas não apresentavam o mesmo comprimento e, mais tarde, na sequência dos problemas congénitos, foram ambas amputadas. Oksana foi abandonada pela mãe ainda em bebé. E o facto de ser ucraniana e integrar a equipa norte-americana nos Paralímpicos tem a ver com a adoção, depois de um percurso difícil e infeliz marcado por abusos sexuais nos três orfanatos onde viveu antes de ser adotada pela americana Gay Masters.
“Faço parte dos sortudos que conseguiram sair do orfanato”, dizia a atleta, em declarações à imprensa.

O desporto nasce graças à mãe, que começou por inscrevê-la no remo, a modalidade que lhe daria a primeira medalha de ouro paralímpica.

“O poder do desporto – o desporto deu-me o meu caminho para me encontrar e redescobrir-me de uma forma positiva. E assim mudei a narrativa da minha história ”, declarou ao The Guardian em 2020.

Do remo adaptado, passou para o esqui cross country, modalidade em que participou nos Paralímpicos de Inverno 2014. Começou a estudar gestão, com objetivos de fazer MBA. Semanas antes dos últimos Jogos Paralímpicos de Inverno, em 2018, Masters escorregou durante os treinos e deslocou o cotovelo direito. Mas recuperou a tempo de conquistar cinco medalhas.
E esta semana, nos Paralímpicos assegurou o ouro nos Paralímpicos, no ciclismo contrarrelógio H4-5. É a sua décima medalha paralímpica. Um feito.
Agora, Oksana tem medalhas em quatro diferentes modalidades: Esqui Cross-Country, Biatlo, Remo e Ciclismo.
Mas não se trata de medalhas, declarou Oksana à imprensa.

“Eu apenas pretendo deixar um legado, ser um exemplo para outras raparigas que me estejam a ver”. Oksana, 32 anos, quer transmitir que as pessoas amputadas também são capazes de seguir em frente e fazer grandes conquistas.  Bravo.

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