Dia da Saúde Mental

Saúde mental: depressão não é fraqueza, consultar um psiquiatra não é vergonha

Costumo dizer que, pelo meu sofá, passa uma amostra da realidade que acontece cá fora. Através dos meus convidados, vou sentindo o pulso aos medos individuais e aos fracassos de uma sociedade que está sempre em aprendizagem.

Hoje é Dia Mundial da Saúde Mental. E ainda temos tanto a aprender sobre esta saúde que a pandemia veio destacar e reposicionar enquanto prioridade, no que respeita a respostas de intervenção e tratamento. Mas não só. Todos temos que colocar o dedo na ferida “invisível” e contribuir para uma abordagem mais humana daquela saúde que, sem nos darmos conta, mora muitas vezes ao nosso lado. Ninguém está livre, conforme confirma o estudo divulgado ontem: “20% da população em idade ativa experiencia transtornos mentais, em algum momento da sua vida”. Episódios de burnout, ataques de pânico, ansiedade, depressão não podem ser tabu, estigmas, não podem ser desvalorizados. E precisam de um olhar preocupado e urgente.

Este estudo (Índice de Saúde Mental Headway 2023) salienta ainda como a pandemia covid-19 afetou desproporcionalmente a saúde mental das mulheres, ensaduichadas entre as tarefas domésticas, o teletrabalho e a culpa/medo de errar enquanto mulheres, mães, trabalhadoras. Depressão não é fraqueza, consultar um psiquiatra não é vergonha.

E preciso pedir ajuda. É preciso oferecer ajuda. Hoje é Dia da Saúde Mental. Uma saúde tão importante todos os dias.

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