Júlia Pinheiro - Dia Mundial Televisão

Dia Mundial da Televisão

A televisão tem sido a minha casa. Por vezes, a minha primeira casa. Desde os 19 anos que a caixinha mágica faz parte da minha vida. É aqui que tenho vivido alguns dos momentos mais emocionantes, empolgantes, decisivos. No Dia Mundial da Televisão, 21 Novembro, revistei o baú das memórias para partilhar alguns desses episódios consigo.

Um dos momentos em televisão em que…
mais me emocionei

Nunca fui uma pessoa expressiva na tristeza. Ao contrário do que acontece nos momentos felizes, em que solto gargalhadas sonoras, na tristeza, choro para dentro. Não me perguntem porquê. Sou assim desde que me conheço. Mas a contenção de lágrimas não significa ausência de sofrimento. Quantas vezes, estou em profunda dor interior.
Recentemente, recebi uma mãe no programa Júlia que veio falar da perda do filho, na sequência de um cancro galopante e devastador. Há maior injustiça que esta? O momento em que a mãe partilhou a foto do seu filho, no IPO, foi de uma dureza… Eu tenho aquela foto cravada na memória. Foi uma conversa muito difícil e aquela foto deixou-me profundamente abalada.

Um dos momentos em televisão…
mais embaraçantes

O momento em que me caiu um dente em direto! Eu tinha uma prótese que iria ser substituída, mas o processo antecipou-se. E de repente, ali estava eu, sem um dente, o que se notava perfeitamente no sorriso. A equipa ficou desnorteada. Felizmente, no programa estava presente um dentista que, com uma cola UHU (exatamente, leu bem!), colou a prótese. Escusado será dizer que houve suspense até ao final do programa. Felizmente, a cola mostrou ser de boa qualidade 🙂

Um dos momentos em televisão…
em que tive uma branca

Tantos. Todos os dias, tenho que assimilar anos e anos de vida dos meus convidados. É uma quantidade enorme de informação que absorvo diariamente. E, de vez em quando, lá se me escapa um nome próprio. Será Vânia? Será Cláudia? O nome acaba por surgir. Mas estas “brancas” são inevitáveis.

Um dos momentos em televisão…
decisivos para a minha carreira

Julgo que as emissões no exterior e ao vivo no Praça Pública (o meu primeiro programa de TV na SIC) definiram-me enquanto profissional, com nervos de aço, capaz de enfrentar situações mais complexas e que escapam ao nosso controlo.
Lembro-me, por exemplo, do momento em que fui gravar para o Casal Ventoso, numa altura em que este bairro era a catedral do consumo e tráfego de droga. Insatisfeitos com o aparato das câmaras e das escoltas policiais, os “moradores” fizeram de tudo um pouco para que nos sentíssemos desconfortáveis. Até que deixou de haver condições para continuarmos a trabalhar. Grávida, com uma barriga de 9 meses e a 15 dias do parto das gémeas, consegui aguentar a pressão.
Outro momento “delicado”: os diretos que fiz, no bloqueio da Ponte 25 de Abril. Julgo que foram trabalhos que, dada a sua exigência, acabaram por me definir enquanto profissional todo-o-terreno, de televisão.

Um dos momentos em televisão…
em que mais gostei de fazer uma entrevista

Sempre que uma entrevista se transforma numa conversa é uma boa entrevista. E tem acontecido tanto com figuras públicas como com anónimos. O programa Júlia tem sido um programa com conversas únicas.

 

 

Comentários

comentários