residências para envelhecer com os amigos

Envelhecer em residências com os amigos. Quem quer?

Imagine poder morar junto com seus melhores amigos no mesmo prédio. Agora imagine poder envelhecer ao lado deles. Em Espanha já existem residências que permitem exatamente isso e estão a ser construídas muitas mais.

Os mais velhos não querem ser um fardo para a família mas também não querem viver fechados em lares. Então, o que fazer depois de se reformarem? Na verdade, é simples: aderir às recentes residências criadas especialmente para a terceira idade.

Ao que parece quem disse que as residências eram apenas para os jovens, estava enganado. Poder envelhecer ao lado dos seus amigos pode tornar essa fase difícil da vida mais prazerosa e é já uma tendência em alguns países da Europa, nos Estados Unidos e na Argentina.

A vizinha Espanha, por exemplo, conta com oito projetos já em funcionamento e vários a ser pensados. Todos com um objetivo muito simples: passar a última fase das suas vidas rodeados de amigos. Desta forma, os idosos juntam-se em residências, ou vivendas colaborativas como também são chamadas pelos espanhóis, e vivem juntos, num “lar” que lhes permite maior liberdade e proatividade. O lema destas residências é “dar vida à idade“.

É o caso de Víctor Gómez e Cruz Roldán, como conta o El País. Conheceram-se numa excursão de caminhada à Serra Nevada há cerca de 46 anos. Quinze anos depois, moram com as suas mulheres em Convivir, uma república autogerida na cidade espanhola de Cuenca. Vários amigos e familiares entusiasmaram-se com a ideia de viverem todos juntos e, hoje, são 87 idosos naquela república.

As repúblicas para idosos são compostas por vivendas individuais e espaços comuns a todos os residentes, contando com todos os serviços de um lar tradicional. Mas os seus moradores não ficam sentados o dia todo. Partilham tarefas, mantêm-se ativos e conservam a sua independência. Entre as atividades que podem fazer há, por exemplo, uma oficina de risoterapia onde, juntos, se riem à gargalhada; aulas de ginástica e de macramé, entre outras. E muitas das aulas são dadas pelos próprios moradores.

A velhice chega cada vez mais tarde, mas pensa-se sobre ela desde cedo.

A velhice chega cada vez mais tarde, mas pensa-se sobre ela desde cedo. Num estudo realizado pelo ministério da Saúde espanhol, em 2015, mais de metade dos inquiridos considerou pouco provável vir a viver num lar. Mas quatro em cada dez pessoas veem uma alternativa: O Cohousing. Trata-se de moradias criadas e administradas pelos próprios idosos, que decidem entre si onde e como querem viver a sua reforma. As casas pertencem a uma cooperativa, mas podem ser deixadas de herança aos filhos.

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