“Opte Por Amar Mais” é a nova campanha lançada pelo Ministério da Saúde para sensibilizar as mulheres a deixarem de fumar.
A curta-metragem é sobre uma mulher com cancro no pulmão, à beira da morte e preocupada que a filha herde o vício do tabaco. É uma campanha que já recebeu os parabéns da Organização Mundial de Saúde.
A mãe pede à filha que não fume porque “uma princesa não fuma”. É uma das frases mais marcantes da campanha.
Esta campanha já chegou aos cinemas NOS do Vasco da Gama e vai ser transmitida na televisão durante o último trimestre do ano.
“Opte Por Amar Mais” pretende lutar contra as estatísticas: um quinto da população portuguesa fuma, e estima-se que um português morre a cada 50 minutos devido a doenças associadas ao hábito do tabaco; além disso, enquanto eles estão a largar os cigarros, o consumo entre as mulheres continua a crescer.
Até 2020, “Opte Por Amar Mais” ainda reduzir a prevalência de fumadores na população com 15 ou mais anos para um valor inferior a 17%.
O tabaco e o álcool são consideradas as maiores ameaças ao bem-estar humano, entre todas as substâncias que causam dependência, segundo um relatório recente publicado na revista Addiction. Em 2015 o consumo, em conjunto destas substâncias, custou à população mundial mais de 250 milhões de anos de vida saudável.
Vamos aos mal-entendidos
Aumentar ou não o preço do tabaco? O estudo recente do British Medical Journal aborda alguns mal-entendidos em torno desta questão. Muito interessantes:
Mito 1. Taxar o tabaco afeta os mais pobres.
Realidade: o estudo revela que, sendo mais sensíveis ao preço do tabaco, os fumadores com menores rendimentos tendem a parar de fumar (ou a fumar menos) quando as taxas são maiores. Por isso, os benefícios destas taxas são mais evidentes nos mais pobres.
Mito 2. Aumentar as taxas sobre o tabaco resulta na diminuição de emprego.
Realidade: o dinheiro que é gasto no tabaco não desaparece da economia, mas é gasto em outros bens e serviços para gerar emprego
Mito 3. Aumentar as taxas do tabaco dá origem a mais casos de atividades ilegais como o contrabando.
Realidade: Em Portugal, de facto, o número de fumadores de tabaco de contrabando está a aumentar. Mas o que diz este estudo é que aquilo que permite o contrabando não são as elevadas taxas, é a tolerância no combate ao crime organizado.