“A nova campanha de luta contra o tabaco é inadmissível”. Alguém me explica porquê?

Opte por Amar Mais”, a nova campanha anti-tabágica lançada pelo Ministério da Saúde para diminuir o número de fumadores, continua a dar que falar.

À primeira análise, parece um ótimo indicador. É para isso que são desenvolvidas campanhas, certo? Para que determinado conteúdo não passe despercebido e seja motivo de conversa, de debate. E que, idealmente, consiga alcançar os objetivos a que se compromete. Neste caso, a diminuição do consumo de tabaco.

A curta-metragem “Opte por Amar Mais” conta-nos a história de uma mãe (interpretada pela atriz Paula Neves) que não consegue largar o vício, mesmo estando doente, e apresenta-nos a filha, que sempre a imitou e está em risco de seguir o mesmo destino.

A nível de formato, a campanha parece-me bem elaborada. Vai ao encontro de objetivos segmentados e estratégicos: o Ministério da Saúde identificou que o consumo de tabaco entre as mulheres está a crescer, ao contrário do que acontece com os homens. E desenvolveu uma campanha para alterar estes comportamentos.

A nível de conteúdo, diria que é uma campanha forte. E espero que eficaz. Dois dos meus filhos fumam ou fumaram. O meu pai morreu com cancro de pulmão. Para mim, esta campanha faz todo o sentido.

Na minha perspetiva, isto é o essencial: o tabaco mata. Há um português a morrer a cada 50 minutos devido a doenças relacionadas com o consumo de tabaco.

Esta deveria ser a questão. As restantes polémicas sobre príncipes e princesas estão a subvalorizar o essencial em detrimento do acessório. O que é inadmissível.

 

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