Ainda não tínhamos falado sobre isto. Quando este é um episódio que suscita a conversa sobre um dos temas que tem passadeira vermelha em Júlia – De Bem com a Vida: a parentalidade.
Vamos então ao sermão do Senhor Presidente da França, Emmanuel Macron.
Há dias, em França, durante uma cerimónia de homenagem aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial, e precisamente depois de começar a ouvir-se La Marseillaise (hino francês), eis que surge um adolescente na multidão com a seguinte abordagem ao Presidente da França:
“Ça va Manu?”. O que significará algo como: “Tudo bem Manu?”. Ou ainda algo como: “Tá-se bem Manu?”.
O Presidente entendeu que estava tudo mal. E respondeu ao jovem com um curto sermão: “Não podes fazer isso. Estás numa cerimónia oficial, comporta-te corretamente.
“E deve chamar-me senhor presidente. Ou senhor, está bem?”
O Presidente prossegue mas regressa ao jovem: “No dia em que fizeres uma revolução, tens primeiro um diploma e aprendes a sustentar-te. Só depois darás lições aos outros”, disse Macron.
A reação de Macron tem sido entendida de duas formas: Há quem alinhe no “respeitinho é muito bonito” e concorde com o raspanete.
Mas as imagem do episódio que se tornou viral também têm recebido críticas, ora de quem aponta o tom emproado e arrogante, tipicamente francês, ora de quem alega que, sermões e raspanetes, cabem exclusivamente aos pais e não ao Senhor Presidente da República.