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Colapso da ponte de Génova: Como é possível?

Os títulos (de ontem) do jornal italiano Corriere della Serra fazem um pequeno, mas elucidativo, resumo da tragédia da ponte Morandi, em Génova.

 “Génova, a ponte em colapso: álibis inúteis porque todos sabiam
Alarmes ignorados, | «Ai meu Deus!» o vídeo
«Pelo menos 31 mortos, 2 bebés» | A explosão como uma bomba

Colapso da ponte de Génova: Como é possível? ponte-genova

Os destaques do Jornal Italiano Corriere della Serra

Vamos aos alarmes ignorados: “A ponte Morandi é uma falha de engenharia”. Este alarme foi dado em 2016, pelo engenheiro Antonio Brencich, professor de estruturas da Faculdade de Engenharia da Universidade de Génova. “Esta ponte está errada. Vai haver uma altura em que o custo de manutenção será maior do que o da substituição”. Essa altura era já uma realidade no final dos anos 90.

Anos antes, em 2009, parece que a demolição tinha sido já uma hipótese, segundo recorda o jornal italiano. A possibilidade de demolição surgiu na sequência de um relatório onde se previa 8 a 12 meses para o desmantelamento da estrutura. Lia-se: A seção mais movimentada é o viaduto Polcevera (Ponte Morandi) com 25,5 milhões de veículos (trânsito) por ano, caracterizado por uma quadruplicação do tráfego nos últimos 30 anos e destinada a crescer, mesmo sem intervenção, em mais 30% nos próximos 30 anos ».

Recorde-se que o viaduto Polcevera foi construído entre 1963 e 1967 pela Sociedade Italiana de Oleodutos, tendo ficado conhecido como a ponte Morandi devido ao engenheiro que a projetou, Riccardo Morandi.

Foi inaugurada há 51 anos, tem 1.182 metros de comprimento e desde a construção que tem recebido duras críticas. Estava em decurso um trabalho de manutenção, que não impediu a tragédia: até às 23 horas de terça-feira, a CNN dava conta de 26 mortos (o jornal italiano já atualizou para 31), 15 pessoas gravemente feridas, e dezenas de veículos caídos de uma altura de 45 metros. Além de centenas de pessoas evacuadas.

As causas da derrocada, que ocorreu durante uma chuva torrencial, ainda não são conhecidas. Mas tudo aponta para a (falta) de segurança da estrutura.

Como é possível?

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